11 anos sem o Homem de Preto da música country, Johnny Cash - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 20/04/2024
 
12/09/2014 - 13h28m

11 anos sem o Homem de Preto da música country, Johnny Cash

Agência Hoje 
Reprodução
Johny Cash é um dos pioneiros do rockabilly, gênero que influenciou o surgimento rock and roll
Johny Cash é um dos pioneiros do rockabilly, gênero que influenciou o surgimento rock and roll

São Paulo (Agência Hoje/Isabela Guiaro) - No dia 12 de setembro de 2003 o cantor americano Johnny Cash morria aos 71 anos de idade devido ao diabetes, deixando para trás cinco décadas de carreira. Polêmico e rebelde, ele se tornou um grande ícone da música country alternativa, além de ter sido um dos pioneiros do rockabilly, de onde veio o rock and roll, nos anos 50.

Sua trajetória musical foi cheia de contradições: embora sempre cantasse sobre drogas, bebidas e a vida marginal, também falava de amor e Deus, pois era um grande cristão. Na maioria das vezes se apresentava vestido de preto e com uma bota de cano longa, também preta, o que lhe deu o apelido de “Homem de Preto”.

Vida e obra

Nascido em 26 de fevereiro de 1932, Cash veio de uma família de fazendeiros muito pobre do Arkansas (EUA). Seu pai era alcoólatra e abusava dos filhos, fazendo com que Johnny começasse a trabalhar aos cinco anos de idade em um campo de algodão. Enquanto jovem, entrou para a Força Aérea Americana e, enquanto servia na Alemanha, compôs sua primeira canção, "Folsom Prison Blues".

Em 1954 casou-se com Vivian Liberto, com quem teria 4 filhas, e foi morar em Memphis, onde estudava para se tornar locutor de rádio e costumava tocar durante a noite com o guitarrista Luther Perkins e o baixista Marshall Grant.

Tentou conseguir um contrato com a Sun Records, mas ao cantar música gospel em um teste, o aconselharam a "voltar para casa e pecar". Assim, apresentou "Hey Porter" e "Cry Cry Cry", que acabaram se tornando um sucesso nas paradas do Rock em 1955.

Se divorciou de Vivian e, no ano seguinte, gravou "Folsom Prison Blues", que entrou para o Top 5 do country e "I Walk the Line", que chegou à primeira colocação. Assim, em 1957, se tornou o primeiro artista a lançar um álbum completo pela Sun Records. Ao se sentir limitado, porém, resolveu romper o contrato e assinar com a Columbia Records, lançando o disco "Don't Take Your Guns to Town", um de seus maiores sucessos.

A carreira de Johnny decola nos anos 60, ao passo que ele se torna dependente de substâncias químicas, como as anfetaminas. Mesmo assim, conseguia criar hits como “Ring of Fire”, que chegou ao primeiro lugar do Top 20 country.

Enquanto a década de 60 lhe rendeu um grande sucesso, com os anos 70 veio o declínio: seus álbuns não vendiam mais tanto quanto antes. Nos anos 80 nenhuma de suas canções chegava a uma colocação significativa nas paradas, ainda que suas turnês fossem lucrativas. Nessa década também fez trabalhos de atuação em filmes como "Murder In Coweta County". Já nos anos 90, sua carreira musical retoma o fôlego.

Em 1999 foi diagnosticado com Síndrome de Shy-Drager, uma doeça neuro-degenerativa, e, mais tarde, o problema foi associado ao diabetes. Além disso, uma pneumonia em 1998 prejudicou seu pulmão, fazendo com que Johnny ficasse um pouco debilitado. Em 2003 foi hospitalizado e faleceu no dia 12 de setembro.

Ao todo, o “Homem de Preto” levou para casa 11 prêmios Grammy e vendeu mais de 50 milhões de discos. Ainda que polêmicas sobre drogas e tentativa de suicídio atrapalhassem sua carreira, ele acabou se tornando uma das maiores lendas da música, tendo seu nome no Country Hall of Fame, Rock & Roll Hall of Fame e Gospel Music Hall of Fame.

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