15 mulheres são condenadas na Arábia Saudita por dirigirem - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 25/04/2024
 
28/10/2013 - 10h53m

15 mulheres são condenadas na Arábia Saudita por dirigirem

Agência Lusa 
Divulgação
15 mulheres que protestaram ao dirigir carros na Arábia Saudita são condenadas
15 mulheres que protestaram ao dirigir carros na Arábia Saudita são condenadas

Riade - Quinze mulheres da Arábia Saudita foram condenadas hoje (27) por terem sido flagradas dirigindo durante protestos no sábado, desrespeitando a lei islâmica que proíbe as mulheres de sentarem-se ao volante.

No sábado à noite, várias mulheres tinham colocado na internet videos em que estavam dirigindo, usando o endereço @oct26driving - um perfil do Twitter - naquilo que seria a face mais visível de um protesto iniciado em setembro, e que tinha no sábado o ponto alto, apesar das declarações anteriores do Ministério do Interior, que tinha advertida as cidadãs para não desafiarem a lei islâmica em vigor no país.

De acordo com a informação prestada pela polícia, foram poucas as mulheres que aderiram ao protesto, que tinha como principal objetivo reivindicar para elas o direito de dirigir.

Além de pagar multa, cada uma delas teve, juntamente com o seu tutor (pai, irmão, marido ou outro integrante masculino da família), de assinar um documento, no qual se compromete a cumprir as leis em vigor na Arábia Saudita, um país ultraortodoxo no que diz respeito aos direitos da mulher e o único do mundo onde elas são legalmente proibidas de conduzir. As mulheres também precisam de autorização para trabalhar, viajar e até casar.

Durante o protesto de sábado, a polícia aplicou também multas a dois condutores em Jeddah e seis mulheres foram presas em uma província oriental e em mais duas cidades do reino, de acordo com a imprensa.

"A data era apenas simbólica. As mulheres começaram a conduzir antes de sábado e vão continuar a conduzir depois de sábado", assegurou a militante Eman Nafjan.

De acordo com a imprensa, o protesto falhou. "O 26 de outubro passou calmamente, e as campanhas de incitação falharam", escreveu o jornal oficial Al Riyadh, ao passo que o Al Youm disse que "a maioria da sociedade assegurou que não se deixará entreter pelas campanhas de mobilização popular".

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