Ações do Plano Nacional de Segurança serão antecipadas no Rio Grande do Sul - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 23/04/2024
 
11/11/2016 - 08h45m

Ações do Plano Nacional de Segurança serão antecipadas no Rio Grande do Sul

Agência Brasil/Daniel Isaia 

Porto Alegre - Ações de combate à criminalidade, previstas no Plano Nacional de Segurança Pública, devem ser antecipadas em dezembro no Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte - estados onde a crise de violência levou o governo federal a autorizar a presença de agentes da Força Nacional de Segurança para ajudar no combate ao crime. O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou nesta semana que o Plano Nacional de Segurança Pública vai começar a ser implantado a partir do ano que vem.

O auge da crise de violência no estado ocorreu no fim de agosto deste ano, quando uma sequência de crimes com morte na região metropolitana de Porto Alegre levou o então secretário de Segurança Pública do estado, Wantuir Jacini, a pedir exoneração do cargo. Nos dias que antecederam a saída de Jacini, uma médica foi assassinada na capital, um triplo homicídio ocorreu em Alvorada e um homem foi executado no Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

No dia seguinte ao pedido de demissão do secretário, o governador José Ivo Sartori foi a Brasília se encontrar com o presidente Michel Temer (na época, interino) e com o ministro Alexandre de Moraes. Na reunião, foi autorizado o envio de 136 homens da Força Nacional de Segurança para atuar no combate à violência em Porto Alegre.

O secretário de Segurança Pública, Cezar Schirmer, que assumiu o cargo no lugar de Jacini, passou os últimos dias negociando com o governo federal a prorrogação da permanência da Força Nacional. O pedido foi aprovado - a medida foi publicada nessa quinta-feira (10) no Diário Oficial da União e estende o prazo por mais 90 dias.

O próximo desafio de Schirmer é resolver a superlotação das carceragens das delegacias no estado. O problema estourou em outubro, quando começaram a ser registrados casos em que agentes da Brigada Militar precisaram manter presos em viaturas por falta de vagas nas unidades da Polícia Civil. Ontem, dois homens chegaram a ser algemados a uma lixeira na calçada em frente ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre.

Diante dessa situação, a secretaria anunciou esta semana a construção de centros de triagem (CT) para a alocação de presos provisórios. Quatro CTs serão implantados em Porto Alegre e outro ficará em Charqueadas, na região metropolitana, anexo à Penitenciária Modulada Estadual. "Queremos e precisamos desafogar as delegacias e devolver os policiais às suas atividades", disse o secretário.

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