Adolescente é liberada para voltar ao Brasil após 18 dias em abrigo nos Estados Unidos - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 28/03/2024
 
09/09/2016 - 09h32m

Adolescente é liberada para voltar ao Brasil após 18 dias em abrigo nos Estados Unidos

Agência Brasil/José Romildo 

Estados Unidos - Depois de passar 18 dias em um abrigo para menores em Chicago, no estado de Illinois, nos Estados Unidos, a adolescente brasileira Lilliana Matte foi liberada para voltar ao Brasil. Lilliana embarca hoje (9) em um voo para São Paulo, onde deverá chegar amanhã. Este é o terceiro caso de adolescentes brasileiras apreendidas este ano em aeroportos norte-americanos.

A liberação de Lilliana, de 17 anos, foi autorizada na quinta-feira (8), pelas autoridades americanas, sem maiores explicações e sem que o caso fosse levado para a Justiça, como normalmente acontece em situação de apreensões de menores, segundo informou a mãe da jovem Anaíde Matte.

Lilliana foi barrada por funcionários da imigração norte-americana em 22 de agosto último, no aeroporto de Opa Locka Executive, em Miami, e em seguida encaminhada para um abrigo de menores em Chicago. Anaíde informou também que Lilliana tinha autorização para viajar sozinha. No entanto, autorizações de autoridades brasileiras não valem em território norte-americano.

O abrigo de menores em Chicago está em um local desconhecido do público por razões de segurança. Os adolescentes e crianças levados para esse abrigo são submetidos a um regime disciplinar rígido, que inclui a obrigação de usar uniformes, horários para refeições e banhos, além de proibição de acesso à internet. Os jovens só podem falar pessoalmente com os pais durante uma hora por semana. Mas podem conversar com os pais por telefone, duas vezes por semana, desde que as ligações durem no máximo dez minutos e sejam feitas no modo viva voz.

Ao se referir às condições em que a filha ficou no abrigo, Anaíde Matte disse que ela passou por "maus-tratos e exigências". Segundo ela, se a filha quisesse ir ao banheiro tinha que pedir autorização. E se, ao retornar do banheiro, passasse em outro local para, por exemplo, tomar água, era logo "repreendida", por não ter sido autorizada a ir para outro lugar, contou Anaíde.

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