Adolescentes usam robótica e criam bengala para deficentes visuais - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 28/03/2024
 
24/04/2018 - 11h35m

Adolescentes usam robótica e criam bengala para deficentes visuais

Agência do Rádio/Cintia Moreira 
Agência do Rádio/Cintia Moreira
Estudante Jhuly Camile Dias de Sales, de 15 anos, é aluna do projeto-piloto da escola Sesi/Senai de Maceió
Estudante Jhuly Camile Dias de Sales, de 15 anos, é aluna do projeto-piloto da escola Sesi/Senai de Maceió

Maceió - A estudante Jhuly Camile Dias de Sales, de 15 anos, é uma das alunas do projeto-piloto que integra o novo Ensino Médio com a educação profissional. Estudante da escola Sesi/Senai de Maceió, localizada no bairro do Benedito Bentes, Jhuly participa de um projeto inédito no Brasil, que formará em três anos jovens na área de Eletrotécnica.

Recentemente, ela e sua equipe construíram uma bengala para deficientes visuais utilizando a robótica, em que é possível detectar obstáculos e emitir um aviso sonoro para que o cidadão desvie.

“O projeto, até agora, está ótimo. Estou gostando muito. É bem diferente do que a gente já tem estudado anteriormente nas escolas. Estamos usando muita tecnologia, já iniciamos os projetos envolvendo robótica também. Inclusive, já desenvolvemos um protótipo e está bem interessante. Até agora, eu estou gostando muito”, contou Jhuly animada.

O projeto desenvolvido por Jhuly e sua equipe veio de uma solicitação dos professores da área de Ciências da Natureza. O desafio proposto aos alunos foi que identificassem problemáticas na sociedade e, posteriormente, as solucionassem com conhecimentos da biotecnologia.

A deputada Federal Rosinha da Adefal, do PTdoB de Alagoas, é uma das parlamentares que apoia a inserção do ensino profissional e técnico já no Ensino Médio. A parlamentar, que é cadeirante, acredita que a educação já deu grandes passos quando o assunto é a inclusão da pessoa com deficiência.

“Nós já avançamos muito na legislação e já avançamos na educação. Imagine que a gente, há anos atrás discutia como seria o Ensino Médio, como seria o ensino fundamental e médio. Hoje, a gente já está preocupada com a Universidade. Então as pessoas com deficiência já chegam nas Universidades. Isso é um grande avanço, mas cada passo precisa da sua adequação. Precisa que os professores estejam preparados, que as tecnologias estejam acessíveis para todos. Temos muito o que avançar ainda, mas também já temos o que comemorar.”

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio é organizada por áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.

Apenas as disciplinas de língua portuguesa e matemática aparecem como componentes curriculares, ou seja, disciplinas obrigatórias para os três anos do Ensino Médio. Os alunos deverão cobrir toda a BNCC em, no máximo, 1,8 mil horas. O tempo restante deve ser dedicado ao aprofundamento no itinerário formativo de escolha do estudante.

O Ministério da Educação já instituiu o Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular para apoiar os estados no processo de revisão ou elaboração e implementação de seus currículos alinhados à BNCC. Segundo o MEC, no primeiro ano de execução, serão repassados às secretarias estaduais cerca de R$ 100 milhões para a implementação da Base.

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