Agência Mundial Antidoping recredencia laboratório brasileiro - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 20/04/2024
 
15/05/2015 - 10h59m

Agência Mundial Antidoping recredencia laboratório brasileiro

Agência Brasil/Iara Falcão 
Agência Brasil/Fernado Frazão
Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem recebeu recredenciamento da Agência Mundial Antidoping
Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem recebeu recredenciamento da Agência Mundial Antidoping

Brasília - O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, instalado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recebeu o recredenciamento da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) para testes de dopagem. O anúncio foi feito pelo ministro do Esporte, George Hilton, no Consulado Brasileiro em Montreal, no Canadá, cidade onde fica a sede da Wada.

“Mais do que uma grande conquista para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o laboratório fará parte de um programa nacional em que vamos educar os nossos jovens mostrando a importância de ter saúde, de serem atletas, mas de forma pura. Além de desenvolver uma cultura na formação de profissionais nessa área”, disse.

O laboratório já está em operação mas deve intensificar as atividades assim que a delegação ministerial retornar ao Brasil. O plano da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, ABCD, é fazer 2.500 exames para esportes olímpicos este ano. O número representa “três vezes mais do que o Brasil fazia antes”, destacou o secretário nacional da ABCD, Marco Aurelio Klein. O laboratório será testado em 44 eventos programados para acontecer no Rio de Janeiro até o ano que vem.

O objetivo do governo é zerar os casos de dopagem entre atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio, em 2016. “Queremos chegar aos Jogos mais limpos de todos os tempos”, ressaltou o ministro.

Sessenta profissionais trabalham no laboratório, mas para as Olimpíadas esse número deverá chegar a 300 para atender a demanda de trabalho de 24 horas, durante os sete dias da semana. Cem profissionais virão de outros países. Eles serão treinados e certificados pela ABCD.

A ABCD também vai trabalhar junto aos atletas em uma trabalho de conscientização. Um plano estratégico, com cinco pontos, vai ser implementado: informação, educação, prevenção, inteligência e ação. Os 150 melhores atletas brasileiros, reconhecidos como capazes de ganhar medalhas, serão alvo desse programa.

“Para fazer isso, estamos procurando pelas melhores práticas no mundo”, informou Klein. Segundo o secretário nacional da ABCD, a instituição está estabelecendo cooperação com agências de dopagem como a do Reino Unido e do Canadá, além da Wada. No caso dos canadenses, Klein disse que a ABCD está ajudando a agência canadense de dopagem a escolher profissionais brasileiros para ajudarem nos jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Toronto este ano.

Para o ministro George Hilton, a educação dos jovens sobre os malefícios da dopagem será um importante legado dos Jogos Olímpicos no Brasil. “A política antidopagem fará parte da rede escolar. A ideia é a criança, já nos primeiros anos, quando ela começar a ter atividade física, ela ter noções do que é ter a prática esportiva de forma limpa. Para isso vamos apresentar uma proposta no segundo semestre ao Congresso Nacional”, afirmou.

O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem fora descredenciado pela Wada em agosto de 2013 por falhas nos exames de controle de dopagem. Por causa disso, as amostras brasileiras para testes tinham que ser enviadas para outros países. Depois da construção de um novo prédio, com investimentos de R$ 134 milhões, sendo R$ 106 milhões do Ministério do Esporte e R$ 28 milhões do Ministério da Educação, e mais R$ 54 milhões do Ministério do Esporte para a compra de materiais, equipamentos e operacionalização do laboratório, o Brasil passa a ser o segundo país na América do Sul, a ter a certificação da Wada. O outro é a Colômbia.

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