Alckmin quer negros e pardos ocupando 35% dos cargos públicos estaduais - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 24/04/2024
 
07/12/2013 - 10h36m

Alckmin quer negros e pardos ocupando 35% dos cargos públicos estaduais

Agência Hoje 
Tiago Silva
Alckmin cumprimenta reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, professor José Vicente, no anúncio das cotas para negros
Alckmin cumprimenta reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, professor José Vicente, no anúncio das cotas para negros

São Paulo (Agência Hoje) - O governador Geraldo Alckmin quer aumentar a participação de negros, pardos e indígenas no serviço público estadual, a exemplo do que foi feito a nível federal pela presidente Dilma Rousseff, na semana passada. Em São Paulo, será oferecido um sistema de pontuação acrescida aos candidatos que se autodeclararem pertencentes a algum dos grupos e participarem de concursos públicos.

A ação foi denominada Programa Estadual de Inclusão e tem como objetivo principal destinar para cada concurso um número de vagas correspondente a 35% para negros e pardos e 0,19% para indígenas. Os índices foram definidos com base nos cálculos do IBGE sobre o número de representantes dessas classes na população do Estado de São Paulo.

"É meritocracia, precisa fazer prova. O que você estabelece é uma pontuação acrescida, então não entra sem prova, tem que ter mérito", explicou o governador  ao defender a proposta.  Segundo ele, a ação afirmativa não funcionará no mesmo molde de cotas. "Isto não significa que a pessoa não prestará concurso. Ela vai prestar e será chamada na ordem de classificação", complementa a secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Sousa Arruda.

A meta de 35% das vagas para negros e pardos e 0,19% para indígenas, para cada concurso público realizado pelo Governo do Estado, será revisada a cada cinco anos pela secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. O objetivo maior será obter uma participação mais igualitária da população de negros, pardos e indígenas no número de servidores públicos.

A secretária Eloisa de Sousa Arruda acrescentou que os números definidos são correspondentes à proporção destes grupos apontada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Estado. "Percebemos que dentro dos concursos, dentro do quadro do funcionalismo do Estado de São Paulo, ainda há essa disparidade com os números da população. Se nós temos 35% de negros na população, eles deveriam estar representados dentro dos nossos concursos".

A cada cinco anos, a meta será revisada pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. "No período, vamos de acordo com o IBGE estabelecer qual é a população indígena e qual é a população de pretos e pardos no Estado", disse a secretária. Ela alerta, no entanto, que se for constatada falsidade na autodeclaração, o candidato será eliminado do concurso.

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