Luanda (Agência Hoje Internacional) - O consultor do Ministério da Economia, Licínio de Vaz Contreiras, declarou que embora a taxa de empreendedorismo de Angola seja alta, em torno de 32% este ano, vários problemas dificultam a vida das empresas e por isso apenas três em cada 100 conseguem sobreviver por mais de um ano.
Durante a realização da Filda, a maior feira internacional de negócios do país, o consultor expicou que os empreendedores locais vivem problemas como dificuldade de acesso ao crédito, falta de material humano qualificado, excesso de burocracia para abertura e manutenção da empresa, infraestrutura deficiente nas áreas de água, energia elétrica, estradas e telecomunicações e falta de apoio no Governo na compra de bens e serviços.
"A nossa taxa de emprendedorismo de 31,9% é alta, mas o problema está na taxa de sucesso, que está a volta do 3,3%, isto é, de 100 empresas que abrem no fim de um ano apenas três estão a funcionar ou resistem", disse Licínio de Vaz Contreiras. A criação do Programa Angola Invest tenta resolver o problema, inclusive facilitando o acesso ao crédito.
Em dois anos, o programa financiou 99 projetos e 30 deles já estão operando em condições normais. "Além do crédito é necessário prestar assessoria aos empresários", defendeu Vaz Contreiras. Os valores liberados foram destinados a projetos ligados à agricultura, agro-indústria e indústria de material de construção civil. Desses empreendimentos, 40% estão em Luanda e os demais em províncias (Estados) do interior.