Após 17 anos, Brasil e EUA assinam acordo e reativam venda de carne bovina in-natura - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 27/04/2024
 
31/07/2016 - 00h32m

Após 17 anos, Brasil e EUA assinam acordo e reativam venda de carne bovina in-natura

Agência Hoje* 
Agência Brasil/Arquivo
Acordo para venda de carne bovina in natura para os EUA beneficia pequenos pecuaristas brasileiros
Acordo para venda de carne bovina in natura para os EUA beneficia pequenos pecuaristas brasileiros

Brasília (Agência Hoje) - Depois de 17 anos, o Brasil fez acordo comercial com os Estados Unidos que permite a venda de carne bovina in-natura para o mercado norte-americano. O acerto vai permitir aumentar de maneira significativa as exportações e facilitar o acesso a regiões exigentes como Europa e Ásia.

As negociações foram definidas na quinta-feira (29), em Washington, durante o IX Comitê Consultivo Agrícola (CCA) dos dois países. O acerto também estabelece que os Estados Unidos poderão vender carnes para o Brasil. 

O Ministério da Agricultura prevê que os embarques comecem em 90 dias, após a finalização dos trâmites administrativos. Na próxima semana, no Palácio do Planalto, Blairo Maggi e a embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde, vão fazer a troca de cartas de reconhecimento de equivalência dos controles oficiais de carne bovina entre os dois países.

“Esse documento representa o reconhecimento da qualidade de segurança sanitária do Brasil", afirmou o ministro. Em nota, a Pasta explicou a importância do acordo e como ele serve de referência, quase como um selo de qualidade da carne brasileira.

“A conclusão da negociação é importante para o Brasil não só pelo potencial de compra daquele mercado, mas também porque os EUA são uma referência para outros importadores de carne bovina in natura”, disse o texto.

Exportações Brasileiras

O Brasil já vende carne bovina industrializada para os EUA e, no ano passado, elas somaram US$ 286,8 milhões. Com o fim dessa negociação em relação à carne fresca e congelada, os frigoríficos brasileiros, juntos, terão uma cota de até 64,8 mil toneladas por ano.

Para alcançar a meta, o Brasil terá também de derrubar os concorrentes que estão dentro dessa mesma cota. Como contrapartida, os Estados Unidos poderão vender a sua proteína para consumidores brasileiros.

O Itamaraty celebrou o fim das negociações por meio de uma nota. "O acesso ao mercado norte-americano abre excepcionais perspectivas para os exportadores brasileiros e prenuncia novas oportunidades de negócio".

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi.  também foi elogiado. "Esta fase final contou com a decisiva participação do ministro Blairo Maggi, em negociações diretas com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América, no contexto do Comitê Consultivo Agrícola".

* Com informações do Portal Brasil e do Ministério da Agricultura

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