Artigo 39 - Tratamento do melanoma maligno é tema de simpósio - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 26/04/2024
 
26/09/2014 - 13h16m

Artigo 39 - Tratamento do melanoma maligno é tema de simpósio

Agência Hoje/Dra. Silvia Regina Graziani* 
  • Autoridades que discutiram e apresentaram novas perspectivas no tratamento do Melanoma Maligno, Prof. Sanjiu Agarwata, Prof. Alexander Eggemoont, Prof. JeddWoddck
  • Melanoma de pele com os sinais descritos conforme ABCD do Melanoma
  • Demostração do Prof. SanjiuAgarwata, o qual expõe o alvo do medicamento, conforme a mutação do gene
  • Demostração do Prof. Sanjiu Agarwata, que expõe o medicamento Ipilimumabe agindo na célula de defesa que destrói o tumor

São Paulo - Nos dias 5 e 6 de setembro, aconteceu em São Paulo o II Simpósio Internacional de Melanoma, onde foi discutido e comunicado aos médicos especialistas em dermatologia, cirurgia oncológica e oncologistas muitas novidades e boas perspectivas no tratamento do melanoma maligno.

O melanoma maligno se desenvolve nos melanócitos, células da pele produtoras de melanina e é um tipo de tumor potencialmente grave.

Geralmente se desenvolve na pele, mas pode ocorrer na boca, nos olhos (coroide), nas vísceras e no sistema nervoso central.

Esses tumores em geral são muito agressivos e tem um grande potencial de desenvolvimento de metástases.

O melanoma maligno pode se desenvolver a partir de uma “pinta” na pele, porém não é possível identificar se a “pinta” é maligna somente no olhar ou no toque da lesão, sendo necessário um exame mais minucioso que é feito pelo dermatologista, chamado dermatoscopia, que aponta o potencial de malignidade da lesão.

Os melanomas geralmente são marcas que ocorrem ainda na infância e que mudam de comportamento quando se transformam em melanoma maligno, porém em alguns casos se desenvolve em uma lesão imperceptível na pele.

ABCD do Melanoma

A: Assimetria da lesão

B: Bordas

C: Coloração, quando o tumor inicia seu desenvolvimento a coloração da “pinta” fica mais escurecida. As cores são variáveis sendo mais frequentemente: preta, castanha, branca, avermelhada ou azulada

D: Diâmetro da lesão aumenta, devido ao crescimento tumoral.

Fatores de Risco

O principal fator de risco é a exposição à radiação solar, principalmente os raios no período do dia que vai das 9:00 as 16:00 horas, onde predomina a radiação ultravioleta;

• Pessoas com histórico prévio de melanoma familiar;

• Pintas escuras;

• Nevo displásico.

Sintomas

Manchas ou nódulos na pele, geralmente em uma pinta já existente. Porém, é importante destacar que nem todos os melanomas se iniciam em pintas, podendo ocorrer em pele normal também.

Pintas em áreas de atrito como na sola dos pés, nas mãos, na região genital e embaixo de unhas devem ser observadas com frequência e removidas por dermatologista se apresentar qualquer alteração.

O Diagnostico é realizado por um médico especialista atreavés de biopsia com anatomo patológica. Sempre que se observar uma lesão na pele com as características descritas no ABCD da identificação do melanoma, deve-se procurar um dermatologista para que se realize um exame clinico.

Recomendações

• O melanoma maligno não tem programas de prevenção, apenas orientações em relação a alterações em pintas e pele;

• Uso de um Bloqueador solar fator 30 este sempre recomendado. De uso diário nas áreas expostas a radiação solar;

• Usar chapéus e bonés ao se expor ao sol.

Novidades no tratamento

Muitas novidades promissoras foram apresentadas Simpósio de Melanoma. Uma delas é o grande avanço que ocorreu no entendimento do desenvolvimento desta doença, o qual envolve mutação em genes específicos e através desta informação, tem-se desenvolvido medicamentos específicos para o tratamento, como é o caso da pesquisa de mutação do gene BRAF.

Pacientes que apresentam mutação neste gene tem uma chance grande de responder a um medicamento novo que já pode ser usado para tratar pacientes aqui no Brasil que é o Ipilimumabe.

Foram apresentados estudos com bons resultados no tratamento da doença avançado e esta em estudo como tratamento complementar após a retirada da lesão.

Outro medicamento com resultados promissores e que também podem ser utilizados no pacientes no Brasil é o Vemurafenibe, que também é direcionado a um alvo na célula do melanoma, com resultados muito promissores.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia disponibiliza o telefone: 0800-701-3187 para localização do Posto de Saúde para atendimento mais próximo de sua residência.

Fontes pesquisadas:

Instituto Nacional do Câncer(Brasil). Prevenção e controle do câncer: normas e recomendações do InCa. RevBrasCancerol 2002; 48(3): 317-32

-Palestras do II Simpósio Internacional de Melanoma, dias 05 e 06 de setembro de 2014, São Paulo.

www.skinlaser.com.br/

www.hcancerbarretos.com.br/pele

www.tuasaude.com

www.sbd.com.br/melanoma

* A Dra. Silvia Regina Graziani, CRM 56925, é Medica Oncologista Clinica, com título de especialista em Cancerologia (1992). Residência Médica: Hospital do Câncer A. C. Camargo. Mestrado e Doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Médica do Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho – IAVC, São Paulo.

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