Artigo 72 - Tratamento do câncer de próstata, mama e a osteoporose - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 24/04/2024
 
17/02/2016 - 10h37m

Artigo 72 - Tratamento do câncer de próstata, mama e a osteoporose

Agência Hoje 

São Paulo - Os tumores de mama e da próstata são os tumores mais frequentes em mulheres e homens e com o avanço do entendimento da medicina e principalmente na área de oncologia, onde alguns tumores de mama, principalmente em mulheres com mais idade e os tumores de próstata, em fases iniciais do tratamento, são tratados com medicamentos chamados de hormonioterapia.

São os famosos “comprimidos” que as mulheres com câncer de mama fazem uso após o tratamento quimioterápico e radioterápico, ou fazem uso deste medicamento como único tratamento da doença.

A média de uso em câncer de mama é de 5 anos e em câncer de próstata varia de 6 meses, 2 anos ou contínuo, depende do médico que orienta o tratamento.

No câncer de mama a hormonioterapia bloqueia a ação do estrógeno e no câncer de próstata bloqueia a ação da testosterona, evitando desta forma que as células sensíveis a ação do hormônio cresçam.

Os medicamentos mais comumente usados em hormonioterapia para tratamento do câncer de mama são:

-Tamoxifeno, mais comumente prescrito para mulheres jovens, que tenham câncer antes da menopausa

-Anastrozol ou Letrozol, prescrito para mulheres mais velhas, após a menopausa.

Em câncer de próstata, os medicamentos mais usados são:

-Goserelina

-Triptorrelina

-Ciproterona

-Bicatulamida

E outros menos comumente prescritos.

As situações em que a hormonoterapia pode ser usada em câncer de próstata são:

– Antes da cirurgia para tentar reduzir o tamanho do tumor;

– Como um complemento para a radioterapia em casos de pacientes com alto risco de recidiva;

– Em casos de pacientes em que o câncer não foi curado ou recidivo após cirurgia;

– Em casos de pacientes que não podem realizar a cirurgia;

– Em casos em que o câncer se disseminou para além da próstata.

Todos esses medicamentos têm em comum acelerar o mecanismo de perda óssea devido ao bloqueio hormonal e a médio prazo, levam a osteopenia, que é a perda óssea que evolui para osteoporose.

Os ossos provem a sustentação do corpo humano e também é fonte de cálcio, fundamental para o funcionamento dos músculos do organismo como o coração e os músculos para realizarmos os movimentos musculares.

A osteoporose é caracterizada pela redução da massa óssea, onde os ossos ficam porosos e este fator aumenta as chances de fratura patológica dos ossos mais vulneráveis a fraturas como a coluna vertebral e ossos longos como o fêmur.

A osteoporose é uma doença silenciosa e os sintomas só aparecem quando ocorre uma fratura. Também é uma doença muito frequente nas pessoas que não estão em tratamento do câncer, se estimando que 10 milhões de brasileiros sofram de osteoporose, sendo uma em cada quatro mulheres com mais de 50 anos portadoras de osteoporose.

Sinais de alerta para a osteoporose:

-Dor na costa, principalmente na coluna lombar

-Deformidades ósseas

-Encolhimento com redução de tamanho

-Fraturas em vertebras

O diagnóstico da osteoporose é feito através do exame de Densitometria Óssea, que consiste na avalição da massa óssea. Este exame é simples e não requer o uso de contrastes, pois é feito por uma técnica de avaliação de absorbância de raio x e determina o valor da densidade óssea.

Em 1994, a OMS definiu os critérios atualmente utilizados nos laudos de densitometria óssea em todo o mundo, baseados no desvio-padrão em relação ao adulto jovem. Os critérios são os seguintes:

Normal: desvio-padrão de até –1,00;

Osteopenia: desvio-padrão compreendido entre –1,00 até –2,50;

Osteoporose: desvio-padrão menor ou igual a –2,50.

As sociedades americanas National Osteoporosis Foundation (NOF) e North American Menopause Society (NAMS) recomendam a realização da densitometria óssea para:

- Todas as mulheres com 65 anos ou mais, e nas que tenham doenças que causam perdas ósseas;

- Nas mulheres na menopausa ou em transição, com 50 anos ou mais, que tiverem pelo menos os seguintes problemas:

- Uma fratura após a menopausa ou após os 50 anos (exceto no crânio, face, tornozelo ou dedos);

- Magreza ou IMC ≤ 21 kg/m2;

- Pais com história de fratura no quadril;

- Artrite reumatoide;

- Fumantes atuais;

- Ingestão excessiva de álcool (≥ três doses por dia)

Dicas de Prevenção da Osteoporose

Alimentação saudável

Dicas da Nutricionista Eliane R.V.Santos CRN 15939

Alimente-se de alimentos ricos em vitamina D como:

- Os peixes gordos = atum, sardinha, salmão, cavala e arenque

- Óleo de fígado de bacalhau

- Fígado de galinha

- Alimentos ricos em cálcio:

- Ovos = 1 por dia e cozido

- Brócolis

- Couve

- Couve-flor

- Soja

- Amêndoas

- Leite/iogurte/coalhada

- Queijos magros

- Frutas cítricas: laranja, kiwi, acerola, limão, junto com alimentos ricos em cálcio

- Alimentos ricos em fitoestrógenos como as proteínas da soja, amêndoas, castanha de caju, castanha do Pará, nozes, repolho, rabanete e leguminosas

Banhos de sol até 9 horas ou após as 16 horas, pelo menos 3 vezes por semana, com a maior parte do corpo exposta.

Evitar

- Proteína em excesso

- Sal e sódio em excesso

- Gordura em excesso

- Alimentos ricos em fosforo como: aveia, levedo de cerveja, produtos industrializados com aditivos a base de fosfato

- Bebidas alcoólicas

- Alimentos ricos em cafeína: café, chá mate, chá preto, refrigerantes a base de cola, guaraná natural

- Alimentos ricos em ácido oxálicos: chocolate, espinafre, morango, beterraba e farelo de trigo

- Exercícios físicos regulares como caminhadas de 1 hora, pelo menos 3 vezes por semana, sendo o ideal todos os dias.

Fontes pesquisadas

- https://biosemlimite.wordpress.com/.../hormonioterapia

- www.draandreanutrologia.com.br/site/osteoporose-cancer

- www.serdil.com.br

- http://www.gineco.com.br/saude-feminina

- Radiol Bras vol.40 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2007

* A Dra. Silvia Regina Graziani, CRM 56925, é Medica Oncologista Clinica, com título de especialista em Cancerologia (1992). Residência Médica: Hospital do Câncer A. C. Camargo. Mestrado e Doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Médica do Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho – IAVC, São Paulo.

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