Ativistas que defendem animais preparam novo protesto no Instituto Royal, em São Roque - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 19/04/2024
 
19/10/2013 - 11h51m

Ativistas que defendem animais preparam novo protesto no Instituto Royal, em São Roque

Agência Brasil 

São Paulo - Uma nova manifestação deve ocorrer ainda na manhã de hoje (19), em São Roque, interior de São Paulo, em frente ao Instituto Royal, que foi invadido na madrugada de ontem (18) por ativistas de defesa dos animais. O ato foi marcado pela internet.

Os ativistas denunciam que o instituto praticou maus-tratos contra cães e outros animais em pesquisas laboratoriais. Mas, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação informou que a situação do Instituto Royal é regular no Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), órgão ligado à pasta. O instituto “encontra-se dentro da legalidade para uso científico de animais”, diz em nota o ministério. O Royal usava cães da raça beagle, ratos e outros animais para pesquisas laboratoriais.

O Ministério Público de São Paulo disse que investiga o instituto desde o ano passado por denúncia de maus-tratos a cães.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 50 ativistas passaram a noite na parte de fora do instituto e convocaram mais pessoas para participar do protesto de hoje.

MP INVESTIGA LABORATÓRIO INVADIDO DESDE O ANO PASSADO

São Paulo (Agência Brasil*) – O laboratório da empresa Royal, em São Roque, no interior paulista, invadido na madrugada de hoje (18) por ativistas de defesa dos animais, é investigado desde o ano passado pelo Ministério Público de São Paulo por denúncia de maus-tratos a cães. Segundo o promotor de Meio Ambiente de São Roque, Wilson Velasco, a invasão pode ter prejudicado as investigações que vinham sendo conduzidas.

Após invadir o laboratório e retirar os cães, que eram usados como cobaias, o grupo foi até a delegacia de polícia e fez um boletim de ocorrência de maus-tratos. “A gente não foi para roubar animal. A gente não foi para depredar o local, fomos retirar [os cães] porque não queremos os maus-tratos”, declarou a ativista Giuliana Stefaninni à TV Brasil, que foi ao local.

Velasco, que acompanha o caso, disse que chegou a conversar com os ativistas e pediu para que eles não invadissem o laboratório. “Explanei a situação e pedi-lhes que não invadissem o instituto, uma vez que isso poderia prejudicar não só os animais, que não se sabe em que condições estavam, mas a própria investigação. Se fosse necessária a materialidade de eventual crime de maus-tratos, restou [a prova] prejudicada porque, até o momento, não temos notícia de para onde foram levados esses animais”, disse à TV Brasil.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação informou hoje que a situação do Instituto Royal é regular no Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), órgão ligado à pasta. O instituto “encontra-se dentro da legalidade para uso científico de animais”, diz em nota o ministério. O Royal utilizava cães da raça beagle, ratos e outros animais para pesquisas laboratoriais.

O Concea é responsável por gerenciar o Cadastro de Instituições de Uso Científico de Animais (Ciuca), banco de dados das instituições que criam ou utilizam animais em ensino ou pesquisa científica, dos protocolos experimentais e pedagógicos. O sistema também inclui informações dos pesquisadores que conduzem pesquisas que envolvem experimentação animal.

No fim de setembro, o ministério divulgou as normas sobre cuidados com animais em pesquisas e ensino. Na ocasião, a pasta informou que se tratava da primeira norma no país com detalhes dos cuidados que devem ser seguidos por pesquisadores e instituições para que sejam assegurados a ética e o bem-estar a animais em pesquisas e ensino.

Entre as responsabilidades apontadas pela norma, está a necessidade de garantir que a utilização de animais seja justificada, levando em consideração os benefícios científicos ou educacionais e os potenciais efeitos sobre o bem-estar deles. Além disso, o texto destaca que se deve promover o desenvolvimento e o uso de técnicas que substituam o uso de animais em atividades científicas ou didáticas.

A professora de medicina da Universidade Federal do ABC, Odete Miranda, disse à TV Brasil que é possível fazer testes sem o uso de animais. “Existe pele sintética, existem testes in vitro, toxidade em célula em hemácias, é possível sim”, ressaltou.

*Colaborou: Heloisa Cristaldo

Hoje São Paulo

© 2024 - Hoje São Paulo - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por ConsulteWare e Rogério Carneiro