Aumento do IPTU aprovado na Câmara segue agora para segunda votação - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 24/04/2024
 
25/10/2013 - 08h37m

Aumento do IPTU aprovado na Câmara segue agora para segunda votação

Agência Hoje 
Divulgação
Plenário da Câmara Municipal de São Paulo aprovou reajuste do IPTU para 2014
Plenário da Câmara Municipal de São Paulo aprovou reajuste do IPTU para 2014

São Paulo (Agência Hoje) - O reajuste do IPTU na cidade de São Paulo foi aprovado nesta quinta-feira, 24, em sessão da Câmara Municipal, com 30 votos a favor e 18 contra. O projeto de lei encerra os reajustes pela inflação, muda as alíquotas e também a planta genérica de valores, utilizada nos cálculos do valor venal dos imóveis.

O projeto seguirá para segunda votação e depois para a sanção do prefeito Fernando Haddad. Vereadores da oposição concordam que a fase de discussões a nível político passou, mas admitem que existe um grande número de moradores incorformados com os reajustes e que podem forçar mudanças através da Justiça e de manifestações públicas.

O vereador Paulo Fiorilo (PT), um dos principais defensores do projeto, disse que as mudanças tornarão o imposto mais justo, pois vai aproximar a cobrança do valor de mercado dos imóveis. “Nós estamos corrigindo a planta genérica, estamos falando de valor venal. Uma casa no Tatuapé que vale R$ 1,6 milhão, R$ 2 milhões, tem valor venal de R$ 400 mil. É justo continuar uma distorção dessas?”, questionou.

Na opinião da maioria dos vereadores da oposição, o aumento é exagerado, mas que houve avanços, principalmente com a postura da Prefeitura que aceitou reduzir os índices. O líder do PSDB, Floriano Pesaro, declarou que a forte pressão social fez com que o reajuste fosse menor do que o proposto inicialmente.

“É uma diminuição de quase 50% na trava. Então o que nós estamos avaliando, é que todos terão aumento de IPTU, mas o aumento será menor”, declarou o vereador tucano após a votação.

Emendas e Travas

O texto original do governo foi aprovado com três emendas. Uma alterou as chamadas travas, que escalonam o aumento do imposto para imóveis cujo valor venal tenha subido muito. Originalmente, o texto previa uma trava anual de 45% para edifícios comerciais e 30% para residências, números que foram mudados, respectivamente, para 20% e 10%, em 2015, e 35% e 15% para os anos seguintes.

O aumento que ficar acima desses percentuais torna-se um “resíduo”, que só será cobrado nos anos seguintes. Ou seja, se uma casa tiver 40% de aumento no tributo, esse será escalonado em uma “parcela” de 10% em 2015 e duas de 15% em 2016 e 2017.

Outra emenda concede isenção para aposentados com renda entre 1 e 3 salários mínimos, desconto de 50% para aqueles que ganham até quatro salários e 30% para quem recebe até cinco salários. A terceira acabou com o reajuste pela inflação.

O texto, que teve 30 votos a favor, 18 contra e uma abstenção, ainda precisa passar por uma segunda votação antes de seguir para sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).

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