B.B. King: músico, rei do blues, morre aos 89 anos em Las Vegas - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 28/03/2024
 
15/05/2015 - 11h23m

B.B. King: músico, rei do blues, morre aos 89 anos em Las Vegas

Agência Lusa 
Reprodução
No início de abril, B.B. King foi internado após sofrer uma desidratação causada pelo diabetes tipo 2
No início de abril, B.B. King foi internado após sofrer uma desidratação causada pelo diabetes tipo 2

Washington - O músico B.B. King, considerado o rei do blues, morreu nessa quinta-feira (14) em Las Vegas, nos Estados Unidos, aos 89 anos, informou nesta sexta-feira (15) seu advogado. No início de abril, B.B. King foi internado no hospital depois de sofrer de desidratação causada pelo diabetes tipo 2, doença com a qual convivia há mais de 20 anos.

Considerado um dos artistas mais influentes de todos os tempos, B.B. King ganhou 16 prêmios Grammy e gravou mais de 50 discos em quase 60 anos de carreira. Ele entrou para o Hall da Fama do Rock and Roll em 1987. Para a história ficam temas como Three O'Clock Blues, The Thrill Is Gone e When Love Comes to Town, em colaboração com os irlandeses U2. B.B. King foi um dos inspiradores do músico português Rui Veloso, com quem tocou em 1990, realizando um sonho de vida.

Riley B. King nasceu em 16 de setembro de 1925 em Itta Bena, no estado norte-americano do Mississipi. Ali começou a tocar, a troco de algumas moedas, na esquina da igreja com a Second Street, até 1947, quando foi para a cidade de Memphis a fim de iniciar a carreira musical. Memphis, uma comunidade musical que reunia todos os estilos de música afro-americana, era a Meca de todos os músicos do sul e King foi ajudado pelo seu primo Bukka White, um dos maestros dos blues daquele período.

A sua atuação num programa de rádio de Sonny Boy Williamson chamou a atenção dos especialistas, tendo iniciado de imediato uma série de atuações na ‘Sixteenth Avenue Grill’ e na estação de rádio WDIA. Neste momento, BB King era conhecido com o nome Beale Street Blues Boy. Mais tarde decidiu chamar-se Blues Boy King e depois B.B. King.

Em meados da década de 1950, King atuava numa sala de twist, no Arkansas, quando alguns espectadores se desentenderam e atearam fogo ao local. King fugiu da sala mas, ao perceber que tinha esquecido da “sua querida guitarra acústica” Gibson, que custara US$ 30 dólares, voltou para a recuperar. Mais tarde, B.B. King descobriu que na origem da discussão entre os espectadores estava uma mulher chamada Lucille, decidiu batizar assim todas as suas guitarras que o acompanharam ao longo da sua carreira.

O seu estilo inspirou muitos guitarristas de rock como Mike Bloomfield, Albert Collins, Buddy Guy, Freddie King, Jimi Hendrix, Otis Rush, Johnny Winter, Albert King, Eric Clapton, George Harrison e Jeff Beck.

Em 1969, B.B. King foi escolhido para a abertura de 18 concertos dos Rolling Stones. Mais tarde participou na maioria dos festivais de Jazz por todo o mundo, incluindo o Newport Jazz Festival e o Kool Jazz Festival New York.

Em 1989 fez uma série de concertos pela Austrália, Nova Zelândia, Japão, França, Alemanha Ocidental, Países Baixos e Irlanda, como convidado especial do U2, participando igualmente no álbum Rattle and Hum, deste grupo, com o tema When Love Comes to Town.

King casou-se duas vezes. Primeiro com Martha Lee Denton, entre 1946 e 1952, e depois com Sue Carol Hall, desde 1958 até 1966. O artista deixa 14 filhos e mais de 50 netos.

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