A bandeira brasileira que está hasteada na Praça da Bandeira, no centro de São Paulo, continua suja, rasgada e descolorida. Várias pessoas viram, fotografaram e fizeram reclamações junto à Prefeitura e ao Governo do Estado, alegando que a situação já dura mais de três meses, mas até agora nenhuma providência foi tomada.
Na sessão de quarta-feira, 29, na Câmara Municipal, cujo prédio fica nas proximidades da praça da Bandeira, o assunto foi lembrado novamente pelo vereador coronel Telhada (PSDB). Depois de chamar a atenção para o fato, ele lamentou que apesar de reclamação formal entregue à Prefeitura, "nada foi feito a respeito".
A manutenção da bandeira rasgada no alto do mastro da praça, além de provocar a indignação do público, fere a Lei 5.700, de 1971. A legislação que trata dos símbolos nacionais, determina que nenhuma bandeira danificada pode ser mantida hasteada. O vereador Paulo Reis (PT) também reclamou e exigiu providências.
Na única vez em que se manifestou a respeito do episódio, a Subprefeitura da Região Sé, responsável pelos serviços de manutenção do patrimônio público no centro de São Paulo, disse que está aguardando a conclusão de uma concorrência pública para comprar outra bandeira e fazer a substituição.
Técnicos alegaram, contudo, que "tem alguma coisa errada", já que a Prefeitura pode fazer compras emergenciais com dispensa de licitação, desde que o valor não ultrapasse R$ 8.000. "A bandeira custa bem menos do que isso, é só comprar e justificar, o próprio sistema da Prefeitura faz essa operação em dez segundos", comentou um funcionário.