BC detectou indícios de irregularidades nos repasses financeiros para bancos públicos - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 19/04/2024
 
26/05/2015 - 19h38m

BC detectou indícios de irregularidades nos repasses financeiros para bancos públicos

Agência Brasil/Marcelo Brandão 

Brasília - Antes de o Tribunal de Contas da União (TCU) instaurar auditoria para apurar indícios de irregularidades nos repasses do Tesouro Nacional para os Bancos públicos, o Banco Central (BC) já havia detectado o problema no início de 2014 e solicitou explicações à Caixa, disse nesta terça-feira (26) o presidente do BC, Alexandre Tombini.

De acordo ele, a resposta da Caixa foi que se tratava da antecipação de pagamento de benefícios sociais. “Em resposta, a instituição financeira informou que os montantes relacionados à ocorrência, lançados em conta de uso interno eram referentes à antecipação de pagamento de benefícios sociais”, disse.

Tombini explicou que em maio de 2014 a supervisão do Banco Central finalizou o relatório sobre o assunto, “recomendando o encaminhamento de consulta jurídica à procuradoria-geral do BC”. A Caixa, segundo Tombini, também informou ao Banco Central que havia recorrido, em novembro de 2013, à Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal, vinculada à Advocacia-Geral da União.

O presidente do Banco Central participou nesta terça-feira de audiência na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, que reúne seis comissões da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A explicação detalhada de Tombini sobre a questão dos repasses ocorreu após queixas de parlamentares que consideraram evasivas as respostas de Tombini sobre o assunto.

O tema do aumento das taxas de juros também esteve na pauta da comissão mista. Respondendo a peguntas feitas pelos parlamentares, o presidente do Banco Central disse a medida é um recurso necessário para conter a inflação.

“A alta dos juros é um instrumento da política monetária. Progressos têm sido obtidos em relação a esse processo de convergência de trazer a inflação para 4,5% em 2016. Esse é um remédio que, infelizmente, tem que ser aplicado neste momento”. Tombini considerou também ser “imperativo” fazer o ajuste na economia neste momento, caso contrário o país vai “patinar por quatro anos”.

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