Ribeirão Preto (Agência Hoje) - Soldados do Corpo de Bombeiros encontraram o corpo do garoto Joaquim Ponte, de 3 anos, boiando no rio Pardo, na zona rural de Barretos. O menino estava desaparecido desde a terça-feira, 5. Levado para o Instituto Médico Legal, ele foi reconhecido pela mãe, Natália Ponte, e pelo pai, Arthur Paes.
O delegado seccional João Osinski Júnior, diretor do Deinter 3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), disse que o reconhecimento foi feito a partir das roupas usadas pelo menino, um pijama estampado comprado pela família. Joaquim Ponte, com apenas 3 anos de idade e apresentando quadro de diabetes sumiu de casa em um episódio ainda cercado de mistério e que envolve o padrasto Guilherme Longo.
Em depoimento à Polícia, o padrasto confessou que era dependente de cocaína e tinha saído pouco depois da meia noite de terça-feira para comprar drogas. Como não encontrou, voltou para casa e foi deitar. Pela manhã, a mãe de Joaquim foi ao quarto para aplicar a injeção de insulina que o garoto era obrigado a tomar todos os dias e não o encontrou.
A partir de investigações feitas pela Polícia Civil, os agentes encontraram evidências de que o padrasto Guilherme Longo teria andando ao lado do garoto nas margens do córrego Tanquinho que passa nas proximidades da casa da família, no Jardim Independência. O córrego é afluente do rio Pardo, onde o corpo foi encontrado neste domingo, 10.
Com base nos elementos de que dispunha a Polícia e o Ministério Público Estadual pediram a prisão temporária do padrasto, Guilherme Longo, e da mãe, Natália Ponte, mas a Justiça negou, alegando falta de provas.
De acordo com o delegado João Osinski Júnior a apuração do caso será rigorosa. “Vou pedir vários exames, se for confirmado que é o Joaquim. Precisamos saber de várias coisas, se foi esganado, por que lesão morreu”, disse ele. A casa onde mora a mãe do menino e o padrasto está protegida pela Polícia. Teme-se pelo ataque de vizinhos revoltados.
Durante toda a semana, o pai biológico e o tio do garoto circulavam pelo centro e principais bairros de Ribeirão Preto mostrando cartazes com a fotografia do menino. Em várias ocasiões ele se queixou do comportamento da mãe e do padastro, que na sua opinião tratavam o desaparecimento com descaso. A confirmação da identidade de Joaquim e da causa da morte deverá ser feita pela Polícia até terça-feira, 12.