Brasil permanece com nota negativa no rating, diz agência de avaliação de risco S&P - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 24/04/2024
 
23/11/2015 - 17h20m

Brasil permanece com nota negativa no rating, diz agência de avaliação de risco S&P

Agência Brasil/Vinícius Lisboa 

Rio de Janeiro - A presidente da agência de avaliação de risco Standard & Poor's (S&P) no Brasil, Regina Nunes, disse nesta segunda-feira (23) que a nota do Brasil permanece com uma perspectiva negativa no rating (classificação de risco) da agência porque os resultados negativos ainda não se estabilizaram. A representante da S&P no Brasil participou do seminário Reavaliação do Risco Brasil, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no Rio.

Regina Nunes disse que a nota do país (BB+) permanece atual, apesar de ter sido modificada em 28 de setembro, quando o Brasil perdeu o grau de investimento e manteve a perspectiva negativa, que significa que a tendência é que a próxima revisão seja novamente para baixo.

"Quando deixamos negativo é porque não estávamos vendo uma estabilização desses vetores que trouxeram o Brasil para o grau especulativo. Durante todo o tempo, estamos com o rating atualizado. Se for a nossa opinião de que algo mudou, ele vai ser modificado".

Como pontos negativos do Brasil, a agência aponta a necessidade de melhorar a infraestrutura e que o governo tem uma dívida mais alta que a dos outros países emergentes, com exceção da Índia. Além disso, o arcabouço burocrático e de impostos são considerados impedimentos estruturais que reduzem a participação dos investimentos no Produto Interno Bruto.

Para a S&P, o Brasil tem instituições políticas bem estabelecidas, comparáveis a países que têm grau A. A economia é descrita como diversificada e a dívida externa está em níveis administráveis. Regina Nunes também destacou conquistas do país no período em que atingiu e manteve o grau de investimento, como ampliar as classes A e B para 30 milhões de pessoas e incluir 40 milhões na classe média. Segundo ela, "O Brasil mudou de patamar".

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