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21/05/2012 - 17h27m

Brasil precisa de mais refinarias, diz Marco Antônio Almeida

Folhapress / Denise Luna 

RIO DE JANEIRO, RJ, 21 de maio (Folhapress) - O Brasil precisa construir mais refinarias se quiser se tornar um exportador de derivados de petróleo, afirmou hoje o secretário-executivo de petróleo e gás natural do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida.

Segundo ele, as refinarias em construção pela Petrobras (em Pernambuco, Maranhão e Ceará) serão suficientes apenas para atender o mercado interno até 2020, que cresceu além da previsão do governo nos último anos.

"Hoje o cenário não sugere que a gente vá exportar derivados nos próximos anos, vai exportar petróleo cru", disse Almeida durante palestra na Câmara Britânica de Comércio.

Após a descoberta do pré-sal, em 2007, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil não seria exportador de petróleo cru, e sim de derivados, para agregar valor ao preço da commodity.

"A ideia de exportação de derivados provavelmente não vai se materializar, porque a demanda interna cresceu demais, então se eu quiser ser exportador de derivados vou ter que construir mais refinarias", explicou o secretário.

De acordo com Almeida no entanto, não existe ainda uma proposta concreta sobre a construção de mais refinarias no país, apenas a constatação da necessidade. "Não é discussão estrutural, está se pensando no longo prazo para atendimento da demanda interna", afirmou.

Leilão:

Almeida se diz otimista com a realização da 11ª rodada de licitações de blocos de petróleo e gás pelo governo este ano, apesar da presidente Dilma Rousseff já ter deixado claro que o leilão depende da aprovação da nova distribuição dos royalties, cujo projeto de lei ainda tramita no Congresso e vai esbarrar com o início do ano eleitoral, em julho.

"Eu acho que o projeto vai ser aprovado. Eu preciso ter o edital [da 11ª rodada] publicado em agosto, se não for publicado até agosto eu não tenho a 11ª rodada este ano", disse Almeida, confessando que "não aguenta mais ser perguntado pela 11ª rodada pelas empresas".

Realizada anualmente até 2008, o governo deixou de fazer os leilões após a descoberta do pré-sal. A 11ª rodada porém não terá ativos do pré-sal.

O primeiro leilão com bloco do pré-sal, que vai inaugurar o sistema de partilha no país, no qual as empresas pagam ao governo em petróleo e não em dinheiro, como nos contratos de concessão, está previsto para ocorrer no ano que vem.

"Até o final de 2013 faremos o primeiro leilão do pré-sal", afirmou Almeida aos empresários e advogados presentes no almoço da Câmara Britânica de Comércio.

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