Cachoeira chega ao Senado e repete: "não falarei nada aqui" - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 20/04/2024
 
22/05/2012 - 15h25m

Cachoeira chega ao Senado e repete: "não falarei nada aqui"

Folhapress/Andreza Matais 
Agência Senado/Lia de Paula
Carlinhos Cachoeira hoje no Senado (em pé, à esquerda) diz que não falará nada à CPI
Carlinhos Cachoeira hoje no Senado (em pé, à esquerda) diz que não falará nada à CPI

BRASÍLIA, DF (Folhapress) - Em audiência na CPI no Congresso que investiga suas relações com empresários e políticos, o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, afirmou hoje que irá permanecer calado.

"Constitucionalmente fui advertido pelos advogados para não dizer nada e não falarei nada aqui, somente depois da audiência que terei com o juiz. Se achar que posso contribuir, pode me chamar que responderei a qualquer pergunta", disse Cachoeira, na sua primeira fala.

Cachoeira chegou ao Senado escoltado pela Polícia Federal. A mulher dele, Andressa Mendonça, também acompanha a reunião. O advogado Márcio Thomaz Bastos foi acomodado ao lado do seu cliente, que está numa cadeira separada da mesa onde fica o presidente e o relator da comissão.

O empresário deu as mesmas repostas às perguntas que lhe foram feitas, e chegou a se incomodar com a insistência dos parlamentares.

"Ajudaria muito, deputado, mas somente após a minha audiência. Por enquanto ficarei calado como manda a Constituição."

"Tenho muito a dizer depois da minha audiência, pode me convocar", afirmou o empresário.

"Vou te ajudar demais. É outra pergunta muito boa para responder depois disso."

"É o seguinte: por orientação dos meus advogados eu só falo depois da audiência, já disse isso aqui no começo."

"Antes de eu depor no juiz eu não posso falar, não vou falar. Depois disso, vamos ver. Foi o pedido de sempre para reavaliar nossa vinda. Quem forçou foram os senhores."

Diante das negativas, os parlamentares têm reduzido as perguntas. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), que preparou 200, fez cinco perguntas apenas.

O depoimento de Cachoeira, inicialmente marcado para o dia 15 de maio, foi adiado após liminar concedida pelo ministro Celso de Mello. O argumento usado pela defesa do empresário foi de que não teve acesso aos documentos do processo a que responde e que a CPI usa para investigá-lo. Ontem, no entanto, Mello decidiu que a liminar não tinha mais validade, já que a comissão permitiu o acesso ao processo.

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