Cachoeira: Defesa não usa tempo disponível para analisar processo - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 25/04/2024
 
19/05/2012 - 16h17m

Cachoeira: Defesa não usa tempo disponível para analisar processo

Folhapress/Rubens Valente e Breno Costa 
Agência Brasil/José Cruz
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) fala à imprensa após sair da sala na qual estão documentos sigilosos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) fala à imprensa após sair da sala na qual estão documentos sigilosos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira

BRASÍLIA, DF (Folhapress) - Os advogados do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, não estão usando o tempo disponibilizado para a consulta dos documentos das investigações realizadas pela Polícia Federal. A CPI que investiga o empresário liberou o acesso dos advogados à sala de consulta do material sigiloso depois que a defesa de Cachoeira requereu ao STF (Supremo Tribunal Federal) um novo adiamento do depoimento do empresário, marcado para a próxima terça-feira.

A defesa usou como argumento a falta de tempo para analisar o material em poder da CPI e pede mais três semanas para analisar a documentação.

Os parlamentares também liberaram o acesso da defesa durante o fim de semana, das 9h às 20h. No entanto, nenhum advogado apareceu na sala da CPI até o início da tarde deste sábado.

São dez os computadores disponíveis na sala de consulta. Numa eventual força-tarefa, os advogados do empresário teriam 220 horas para analisar o material, apenas neste sábado e domingo. Ao longo da semana, os advogados também pouco usaram o tempo disponível para a leitura dos áudios, documentos e relatórios em poder da CPI. Ao todo, apenas dois advogados foram consultar o material e ficaram apenas três horas dentro da sala. A investigação da Operação Monte Carlo tem cerca de 15 mil páginas.

O argumento central da defesa de Cachoeira é semelhante ao já apresentado anteriormente ao STF, comandada pelos advogados Márcio Thomaz Bastos e Dora Cavalcanti, para requerer a suspensão do depoimento do empresário, originalmente previsto para a última terça-feira. O ministro Celso de Mello acatou a tese e concedeu liminar suspendendo o depoimento.

A Folha de S.Paulo apurou que o comando da CPI chegou a entrar em contato com o escritório de Thomaz Bastos para questionar a razão da ausência dos advogados à sala reservada da comissão. Os advogados informaram à CPI que estavam analisando o caso em São Paulo.

A Folha não conseguiu entrar em contato com os advogados de Cachoeira até o início da tarde.

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