Chioro prevê polêmica na regulamentação da formação de médico - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 19/04/2024
 
29/04/2014 - 06h04m

Chioro prevê polêmica na regulamentação da formação de médico

Agência Brasil/Daniel Mello 
Agência Brasil/Arquivo
Ministro Arthur Chioro diz que Brasil perdeu tempo na regulamentação da formação dos profissionais de saúde
Ministro Arthur Chioro diz que Brasil perdeu tempo na regulamentação da formação dos profissionais de saúde

São Paulo - O ministro da Saúde, Arthur Chioro, defendeu a regulamentação da formação de profissionais de saúde. Segundo ele, o tema “estruturante” enfrentará ainda mais resistência do que a contratação de médicos estrangeiros para atuar na atenção básica, a partir do Programa Mais Médicos.

“É o debate mais importante, e talvez o mais polêmico de todos eles. Aquilo que no fundo, no fundo, é a essência de toda a resistência”, ressaltou, antes de participar de um debate sobre o tema na Universidade Presbiteriana Mackenzie, no centro de São Paulo, na noite desta segunda-feira, 28.

De acordo com o ministro, as mudanças são fundamentais para que a oferta de profissionais de saúde se ajuste às demandas da sociedade. “O Brasil vai passar a regular a formação em saúde. Foi exatamente o que o Brasil não fez, e que todos os países, após a 2ª Guerra Mundial, passaram a fazer de uma forma muito clara; e fez com que a gente chegasse a essa situação”, disse sobre a falta de profissionais na atenção básica e em algumas especialidades.

Durante sua explanação, Chioro disse que até 2017 o país pretende abrir 11,5 mil vagas em faculdades de medicina, grande parte em parceria com o setor privado. A meta é aumentar de 374 mil para 600 mil o número de médicos atuando no Brasil até 2026. Serão abertas ainda, segundo o ministro, 12,4 mil vagas em residência, que serão planejadas “de forma transparente”.

Para o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, também presente, o programa tem sofrido ataques ideológicos. Na opinião dele, os questionamentos trabalhistas, por exemplo, são resolvidos a partir do entendimento já aplicado em outros tipos de contratação.

“Eu acredito que essa questão trabalhista passa por uma compreensão do que é esse processo, essa relação serviço/ensino. O ensino em serviço, que tem no processo de residência médica, em vários serviços de estágio, muito usados em sistemas de aprendizado técnico”, disse.

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