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04/12/2015 - 14h17m

Cientistas criam método para identificar teor de vitamina C em frutas e medicamentos

Portal EBC/Revista Brasil 
Agência Brasil/Arquivo
Método que consegue medir a quantidade da vitamina nas frutas, pode indicar quando laranjas devem ser colhidas
Método que consegue medir a quantidade da vitamina nas frutas, pode indicar quando laranjas devem ser colhidas

Brasília - Pesquisadores brasileiros desenvolveram recentemente um método simples e rápido para a medição do teor de ácido ascórbico, mais conhecido como vitamina C, em amostras como extratos de frutas, bebidas industrializadas e medicamentos. O sensor é elaborado a partir de um papel cromatográfico com nanopartículas de prata, o que garante uma mudança de cor em contato com diferentes concentrações do ácido.

O pesquisador do Laboratório Nacional Luz Síncroton (LNLS), Mateus Borba, explica que o produto foi desenvolvido em parceria do LNLS com o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), o primeiro foi responsável pelo desenvolvimento das nanopartículas de prata, e o segundo, pelo sensor de papel.

Segundo ele, a criação pode ajudar muito os produtores rurais. “A vitamina C é uma das vitaminas principais que nós temos em várias frutas, como por exemplo a laranja. E essa vitamina C pode ser um indicativo de quando a laranja deve ser colhida. Então o que acontece, o produtor rural não pode colher uma laranja e mandar pra um laboratório de análise e esperar uma semana pra ter o resultado pra saber quando ele deve colher a laranja”, conclui.

De acordo com a química do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), Gabriela Furlan, o papel cromatográfico mede cerca de 1 cm e o dispositivo 0,5 cm, o que torna o medidor portátil, podendo ser levado facilmente para o campo. “Temos uma escala de cor onde é possível ver a concentração comparando. A gente também fez um dispositivo que consegue fazer as medidas, que é um colorímetro que é portátil, e podemos colocar a fita do papel nele e fazer as medidas da coloração também”, completa.

Os pesquisadores esclarecem ainda que, não foram feitos estudos para utilizar o sensor com humanos, já que os laboratórios são de pesquisa básica. Contudo, há expectativa em relação a isso e para que aconteça caso algum laboratório maior se interesse.

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