CNI prevê PIB de 2% e modelo de crescimento por consumo esgotado - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 27/04/2024
 
04/07/2013 - 22h20m

CNI prevê PIB de 2% e modelo de crescimento por consumo esgotado

Agência Brasil/Wellton Máximo 
Agência Brasil/Arquivo/Antônio Cruz
Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade (D), na foto ao lado do presidente do BNDES, Luciano Coutinho: estudo reduz previsão de crescimento da economia
Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade (D), na foto ao lado do presidente do BNDES, Luciano Coutinho: estudo reduz previsão de crescimento da economia

Brasília – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu de 3,2% para 2% a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano. De acordo com a publicação Informe Conjuntural, divulgada hoje (4) pela entidade, o modelo de crescimento baseado no consumo esgotou-se. Para a CNI, a retomada da atividade depende agora da recuperação dos investimentos – públicos e privados.

A estimativa de expansão para a indústria recuou de 2,6% para 1%. Segundo a CNI, as mudanças no ambiente econômico, tanto interno quanto externo, têm levado ao crescimento reduzido e à inflação elevada. A previsão para o crescimento do consumo das famílias caiu de 3,5% para 2,3%, o que, para a entidade, reflete a desaceleração da criação de empregos e da expansão da renda. Somado ao endividamento do consumidor, isso inibe o aumento do consumo doméstico. No primeiro trimestre, o consumo aumentou apenas 0,1% em relação ao último trimestre de 2012.

Na publicação, a CNI destaca que está esgotado o modelo de crescimento econômico baseado na ampliação do consumo. De acordo com a confederação, a rota de saída passa pelo aumento da competitividade e pela retomada dos investimentos, que estão aquecidos. Segundo o Informe Conjuntural, a estimativa de expansão do investimento em 2013 saltou de 4% para 5,1%.

A estimativa para a inflação aumentou de 5,7% para 6%. A previsão para a taxa Selic (juros básicos da economia) no fim deste ano saltou de 7,25% para 9,5% ao ano. A CNI estima que a cotação média do dólar encerre o ano em R$ 2,10 e que o superávit da balança comercial atinja US$ 9,2 bilhões neste ano, resultado de US$ 249,3 bilhões de exportações e US$ 240,1 bilhões de importações.

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