Com Ippon, Ketleyn Quadros leva medalha de ouro na UniversÃade
São Paulo (Agência Hoje) - A brasileira Ketleyn Quadros, medalhista olímpica em Pequim, foi a rainha dos tatames no terceiro dia de competições de judô na Univesíade e ficou com a medalha de ouro depois de uma série de cinco disputas difíceis. Na decisão, ela superou a ucraniana Shushana Hevondian, por Ippon.
“Estou muito feliz. A Universíade é uma competição fortíssima. Minha vontade no final da luta era dar piruetas, pena que não posso. Meus amigos sempre falaram da Universíade pela grandeza e alto nível técnico do evento. Sempre quis vir, mas não conseguia achar espaço no meu calendário. Este ano ganhei a seletiva nacional e, na estreia, estou levando uma medalha de ouro. Não poderia ser melhor. Uma oportunidade única”, vibrou Ketleyn.
Foi o segundo ouro brasileiro em Kazan. O outro veio na emocionante vitória de Rochele Nunes (+78kg) sobre a campeã olímpica Idelys Ortiz, de Cuba, ainda no domingo. A brasileira perdia por punições até que, a quatro segundos do fim da luta, Rochele lançou um ataque desesperado e, esbanjando técnica, aplicou um Yuko e assegurou o que foi a primeira medalha do Brasil nos Jogos Universitários.
“Estou muito feliz não apenas por vencer, mas por vencer da forma que foi. Sempre quis conquistar um título assim, nos últimos segundos, quando já estava difícil de acreditar. Realizar este sonho e ainda contra a campeã olímpica é fantástico. Não poderia ser melhor”, disse a dona da primeira medalha verde e amarela na Universíade.
Ainda no domingo, o Brasil faturou uma medalha de bronze com Rafael Buzacarini. O judoca de Barra Bonita, interior de São Paulo, comprovou mais uma vez que está em grande fase e só parou quando encontrou pela frente o mesmo algoz do Grand Prix de Miami, o russo Zafar Makhmadov, dezoito do Ranking Mundial.
Foram vitórias por Ippon contra o quirguistanês Bolot Toktogonov, bem como contra o egípcio Mahmoud Gaballa, e por ter tido menos punições contra o uzbeque Soyib Kurbonov e na luta que rendeu a Rafael a medalha, contra o estoniano Grigori Minashkin.
“É muito importante conquistar medalha numa competição do nível técnico da Universíade. O resultado mostra que estou numa crescente e me adaptando ao estilo de luta praticado fora do país” analisou Rafael Buzacarini.
Os outros brasileiros que lutaram na Rússia nesta terça-feira não chegaram à disputa por medalhas. Raquel Silva (52kg) caiu na estreia ante a sul-coreana Kim Miri, quando vencia por Wazari mas acabou sofrendo um Ippon; Luiz Revite chegou a vencer o chinês Li Jiahong em sua luta de debute, mas não levou sorte no combate seguinte versus o georgiano Altansukh Dovdon, que aplicou um Wazari e conseguiu se manter longe dos golpes do atleta de São Bernardo do Campo.
Em seguida, João Macedo (73kg) estreou se impondo e aplicando Ippon ante o checo Vaclav Sedmidubsky, na luta seguinte, versus o romeno Denis Mititelu, João voltou a colocar o adversário com as costas no tatame, na sequência, porém, vieram derrotas para o sul-coreano Wang Kichun e, na repescagem, para o italiano Andrea Regis.
Na segunda-feira os atletas brasileiros que subiram ao tatame também não disputaram medalhas. Mariana Silva (63kg) caiu logo na estreia ante a alemã Claudia Ahrens; Vinícius Panini (73kg) venceu o bielo-russo Fetra Nantenaina Ratsimiziva em seu debute, mas não se deu bem no combate seguinte e sofreu Ippon do francês Guillaume Riou.
Bárbara Timo (70kg) começou bem, aplicando Ippon na ucraniana Maryna Andriievska mas, na sequência, não levou sorte contra a sul-coreana Hwang Ye Sul nem contra a xará alemã Barbara Bendel; e Eduardo Silva (90kg) foi superado por Donghan Gwak, da Coréia do Sul, ainda na primeira luta.
O Brasil volta ao tatame para encerrar sua participação no judô nesta quarta-feira, 10,, quando lutam os ligeiros Catiere Moya e Phellipe Pelim, que estreiam contra Han Sa (CHI) e Marek Pentka (SLK), respectivamente.
