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07/05/2012 - 19h03m

Demóstenes pede novo prazo para defesa no Conselho de �tica

Folhapress/Leandro Colon 
Agência Brasil/Antônio Cruz
O senador Demostenes Torres, fala à imprensa sobre sistema carcerrario e codigo penal, em 2009
O senador Demostenes Torres, fala à imprensa sobre sistema carcerrario e codigo penal, em 2009

Por BRASÍLIA, DF (Folhapress) - A defesa do senador Demóstenes Torres (Ex-DEM-GO) protocolou hoje no Conselho de Ética do Senado um pedido para que seja dado um prazo de mais 10 dias úteis de defesa para ele.

"Resta inequívoco assim que a defesa do senador defendente não pôde ser exercida em sua plenitude", diz petição entregue no fim da tarde. O Conselho de Ética marcou para amanhã a sessão que decidirá sobre a abertura de processo contra o senador por quebra de decoro parlamentar em razão de suas ligações com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

O relator do processo contra Demóstenes, senador Humberto Costa (PT-PE), pediu a abertura do processo ao afirmar, entre outras coisas, que Demóstenes faltou com a verdade no plenário da Casa quando negou conhecer as atividades ilícitas de Carlinhos Cachoeira. Segundo Costa, Demóstenes usou o mandato para atuar em favor dos interesses do empresário.

Na semana passada, o presidente do Conselho de Ética, Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), já havia negado pedido da defesa de Demóstenes para que pudesse se manifestar em cinco dias após a divulgação do relatório de Humberto Costa.

Nesta segunda-feira, o advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, alega que o relatório de Costa aborda fatos novos que não foram explicados pelo senador. "É fato que ao senador Demóstenes simplesmente não foi facultada a possibilidade de se defender desses novos fatos a ele imputados no relatório", diz a defesa.

O advogado menciona, no documento, uma sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que discutiu em 2008 a legalização de bingos, ramo de atuação de Carlinhos Cachoeira. Demóstenes não esteve na reunião, o que, para o relator Humberto Costa, demonstra indício de sua atuação a favor de Cachoeira.

A defesa informa, na petição, que o senador estava em missão oficial, viajando, para participar da 63ª Assembleia da ONU.

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