Deputados dizem que corte de 2 mil pensões da Polícia Militar é tratamento ilegal e desumano - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 28/03/2024
 
18/11/2013 - 11h04m

Deputados dizem que corte de 2 mil pensões da Polícia Militar é tratamento ilegal e desumano

Agência Hoje 
José Antônio Teixeira
Pensionistas da PM reclamam na Assembleia de corte das pensões depois de seis anos
Pensionistas da PM reclamam na Assembleia de corte das pensões depois de seis anos

São Paulo (Agência Hoje) - O deputado Edson Ferrarini (PTB), presidente da Comissão de Administração Pública e Relações do Trabalho, decidiu encaminhar ao governador Geraldo Alckmin pedido de revisão no corte dos pagamentos de cerca de dois mil pensionistas da Polícia Militar, ocorrido no final de 2012 por determinação da Procuradoria Geral do Estado.

O assunto foi tratado em reunião na Assembleia Legislativa com a presidente da União das Pensionistas da Polícia Militar, Célia Maria da Silva, advogados e outros membros. A reclamação é porque a pensão que vinha sendo paga pelo Estado há seis anos foi cancelada, causando dificuldades para os beneficiados que ficaram sem condições de sobrevivência.

"As pensionistas ficaram impossibilitadas de cumprirem seus compromissos e estão sofrendo com a perda de moradia e de crédito, passando por uma situação desesperadora", disse o advogado das pensionistas, Oswaldo D'asti de Lima. Para ele, ao contrário do que diz a Procuradoria, o pagamento é legal e deve ser regularizado em definitivo.

Membro efetivo da Comissão, o deputado Ramalho da Construção (PSDB), classificou o corte como "tratamento desumano" e prometeu mobilizar outros deputados para corrigir a situação. Segundo Ferrarini, o governador Geraldo Alckmin prometeu cuidar da Polícia, mas reclamou que "a Polícia não são as viaturas, os prédios, os equipamentos. Quer cuidar da Polícia, governador, cuide do ser humano", declarou. 

O parlamentar disse também que vai convocar o procurador geral do Estado e o presidente do CDHU para explicar diante de todos os deputados na Assembleia porque as pessoas que tiveram a pensão cortada e ficaram sem condições de pagar as prestações dos imóveis financiados, estão sendo despejadas.

"Precisamos resolver essa situação. Também estou denunciando os despejos de pessoas que, depois de três meses sem pagar a prestação do imóvel, são forçadas a sair de suas casas, independentemente de serem cadeirantes, idosas ou responsáveis por crianças", finalizou Edson Ferrarini.

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