São Paulo (Agência Hoje) - A chegada de um bebê é sempre cercada de expectativa por parte dos pais e muitas providências precisam ser tomadas para receber o novo membro da família. Uma das mais envolventes é a decoração do quarto do bebê.
Tantas escolhas e definições às vezes intimidam os pais, que acabam optando por soluções clichês. Acabam escolhendo as cores tradicionais para paredes e tetos: branco, rosa, azul e lilás. Toda a ousadia e criatividade fica resumida, então, aos acessórios e elementos decorativos.
Os quartos de bebê têm validade de aproximadamente três anos, quando necessitam de adaptações no mobiliário e, provavelmente, já precisarão também passar por nova pintura e troca de alguns objetos, brinquedos e decoração. Aproveitem, pais, porque as crianças hoje manifestam muito cedo a sua própria vontade quanto à decoração do quarto.
Iluminação e Ventilação
O quarto do bebê deve ter iluminação e ventilação naturais e controladas, através de boas esquadrias que permitam a regulagem conforme a necessidade. Cortinas e persianas também podem auxiliar nessa graduação.
Além da iluminação natural, o controle da luminosidade artificial deve favorecer o repouso e também as trocas e higienização do bebê, bem como outras atividades que exigem mais luz no ambiente.
Em regiões onde seja necessário instalar refrigeração ou aquecimento mecânico para o ambiente é importante localizar adequadamente as entradas e saídas, de modo a manter os locais de permanência fora das correntes de ar.
Paredes
Hoje há uma tendência por usar cores e combinações mais fortes e ousadas, como cinzas, amarelos, laranjas e verdes. As boas marcas de tinta oferecem opções de kits de pintura para teste nas paredes, que podem ser encomendados e entregues em casa e ajudar na definição da cor a ser usada.
Na hora de escolher o tipo de tinta, o quarto do bebê merece uma atenção especial. É importante optar por uma tinta que seja antibactérias, sem cheiro e fácil de limpar. A Suvinil tem a linha Suvinil Acrílico Premium Família Protegida, que promete reduzir em 99% as bactérias da parede por 2 anos.
Piso
O piso do quarto deve ser antiderrapante, para permitir mais segurança e evitar acidentes. Carpetes e tapetes não são aconselháveis, porque acumulam poeira com facilidade, podendo favorecer alergias. Se optar por usar tapetes, prefira os emborrachados e aderentes ao chão.
Tomadas e Interruptores
Tudo o que se relacionar com eletricidade deve receber especial atenção na hora de montar o quarto das crianças. Os maiores perigos e muitos acidentes graves ocorrem por causa de fios, tomadas e benjamins sem proteção. Portanto, sempre que possível, os pontos elétricos devem estar localizados fora do alcance das crianças, pelo menos na altura dos interruptores. As tomadas devem estar protegidas e os fios e cabos seguros.
Móveis
O quarto do bebê deve ser equipado com a quantidade imprescindível de móveis e objetos. O berço, poltrona para amamentação, cômoda (que pode ser também trocador) e armário, geralmente são suficientes.
O berço deve ser firme, possuir cantos arredondados, pintura com tinta atóxica, mecanismos de travas de segurança para a grade não descer, espaçamento de 4,5 a 6,5 cm entre as barras da grade, ausência de peças que possam asfixiar a criança, entre outras especificações reguladas pelo selo INMETRO.
Escolha móveis com cantos arredondados e coloque-os longe das janelas, que devem ser protegidas por grades ou telas. Cuidado com o excesso de objetos ao alcance dos pequenos. Brinquedos devem ser guardados em locais específicos e não podem ser deixados espalhados pelo chão, para evitar o risco de acidentes.
Quando Mudar
Quando a criança sente a necessidade de entrar e sair do berço sozinha, já é hora de trocar a mobília. Isso acontece, mais ou menos por volta dos dois anos.
Para crianças, a cama que substituirá o berço deve ser baixa e poderá ter grades, porém deve permitir o fácil acesso da criança.
Nesse momento, talvez seja seguro ter travas nos móveis e nas portas e janelas, inclusive da cozinha e banheiro, pois a criança poderá caminhar sozinha pela casa sem supervisão, ficando exposta a riscos.
* Sandra Vieira de Mello, CAU A16373-2 é Arquiteta e Urbanista. Contribuições para esta Editoria podem ser encaminhadas para o e-mail: hoje.sandra@gmail.com