Dilma marca presença no velório de Marcelo Déda em Aracaju - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 20/04/2024
 
02/12/2013 - 07h14m

Dilma marca presença no velório de Marcelo Déda em Aracaju

Agência Brasil/Marcos Chagas 
Agência Brasil/Arquivo
Marcelo Déda, governador de Sergipe, morreu na madrugada de hoje. Na foto, entrevista após reunião com a presidente Dilma
Marcelo Déda, governador de Sergipe, morreu na madrugada de hoje. Na foto, entrevista após reunião com a presidente Dilma

Brasília (Agência Brasil/Danilo Macedo/Atualização)  - A presidente Dilma Rousseff viaja hoje (2) para Aracaju, capital de Sergipe, para o velório do governador Marcelo Déda, que morreu por volta das 4h45 no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. De acordo com o governo de Sergipe, o corpo de Déda será velado no Palácio-Museu Olímpio Campos. O velório, que ainda não teve o horário definido, será aberto à população.

O governador em exercício, Jackson Barreto, vice na chapa que reelegeu Déda em 2010, decretou luto oficial de sete dias. Vítima de um câncer gastrointestinal, Déda foi internado no Hospital Sírio-Libanês no dia 27 de maio com dificuldade para se alimentar. No sábado (30), seu estado de saúde apresentou piora progressiva. Casado duas vezes, o governador deixa cinco filhos.

A presidente Dilma Rousseff se considerava grande amiga de Déda e admirava sua habilidade política e sensibilidade para lidar com as situações. “Eu perdi hoje um grande amigo, daqueles das horas boas e más. Déda fará falta. Mas seu exemplo nos guiará”, disse Dilma em nota de pesar.

LULA DIZ QUE PERDEU GRANDE AMIGO, COMPADRE E IRMÃO

Brasília (Agência Brasil/Ivan Richard) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que perdeu um “grande amigo, compadre e irmão” com a morte do governador de Sergipe, Marcelo Déda, vítima de um câncer gastrointestinal. Em nota divulgada no Instituto Lula, e assinada também pela dona Marisa Letícia, o ex-presidente exalta a trajetória política do governador.

Para Lula, Déda foi um exemplo de “dignidade e compromisso público na atividade política”. “Sergipe perdeu um grande governador, o Brasil perdeu um excepcional homem público e Marisa e eu perdemos também um grande amigo, compadre e irmão”, diz trecho do documento.

O ex-presidente ressalta que o governador de Sergipe ajudou a construir o PT e “teve uma trajetória brilhante como representante do povo na Assembleia Legislativa [de Segipe], na Câmara dos Deputados, como prefeito de Aracaju e finalmente como governador de Sergipe, sempre com sua atenção voltada aos mais pobres e ao desenvolvimento do seu estado”.

Após cinco anos de luta contra um câncer no intestino, Déda morreu na madruga de hoje, aos 53 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 27 de maio. Casado duas vezes, o governador deixa cinco filhos.

PT LAMENTA MORTE DE MARCELO DÉDA

Brasília (Agência Brasil/Ivan Richard) - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, lamentou hoje (2) a morte do governador de Sergipe, Marcelo Déda. Em nota, o parlamentar disse que o PT “lamenta profundamente” a morte do governador sergipano, “exemplo de político e homem público”. Também por meio de nota, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lembrou a morte “precoce” de Déda.

Segundo Rui Falcão, Déda deixa “uma herança de competência e honestidade para o povo de Sergipe, estado que o elegeu duas vezes governador”. O presidente petista acrescentou que o ex-prefeito de Aracaju e governador de Sergipe por dois mandatos “nunca se furtou à luta e, desde muito jovem, se destacou por enfrentar as oligarquias conservadoras de seu estado e do Brasil”.

Renan Calheiros disse que Congresso Nacional lamenta a morte do governaor de Sergipe. “Déda foi um grande quadro do PT e um expoente da política nacional, tendo atuado bravamente na discussão dos grandes temas de Sergipe e do Brasil. Homem culto e de personalidade admirável, era dono de um carisma e de uma eloquência cativantes e de uma força notável”, diz trecho da nota.

A bancada do PT na Câmara também divulgou nota em que lamenta morte prematura do colega de partido. “Déda era um ser humano ímpar, alegre, bem-humorado, amante da boa música e com uma capacidade enorme para a atividade política e a defesa do interesse público. Homem público exemplar, o PT perde um militante ativo e sempre presente nas atividades partidárias”, diz trecho da nota da bancada petista.

Para o governador da Bahia, Jaques Wagner, a morte de Marcelo Déda “deixa uma lacuna muito grande para a política de Sergipe e do Brasil”. Em nota de pesar, o governador baiano diz que o petista foi um “deputado brilhante, prefeito e governador extremamente culto, bem preparado, de uma bela oratória, que ainda tinha na sua juventude muito a contribuir para o povo brasileiro e para o povo sergipano”.

Walter Pinheiro (PT-BA), vice-líder do partido no Senado, destacou que o estado de Sergipe perde com a morte de Marcelo Déda. “Sergipe perde o timoneiro [tripulante responsável pela navegação], o PT perde uma das mais brilhantes estrelas.”

Em homenagem ao governador de Sergipe, a Câmara dos Deputados fará um minuto de silêncio no início da sessão marcada para as 14h.

MARCELO DÉDA TEVE LONGA E BONITA HISTÓRIA POLÍTICA

Brasília - Natural do município de Simão Dias, Déda milita na política desde a década de 70, nos movimentos secundaristas, quando conheceu o então dirigente sindical Luiz Inácio Lula da Silva. Militante do PT, no início dos anos 1980, Marcelo Déda foi fundamental na consolidação da legenda no estado.

Em 1985, o PT decidiu lançar o nome de Déda para concorrer às eleições municipais de Aracaju, com o objetivo de se firmar como um partido nacional. Na época, com 25 anos e sem recursos para a campanha, o candidato fez todos os programas eleitorais gratuitos de televisão ao vivo e apenas com a bandeira do partido na parede do cenário, montado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

“A lei me facultava fazer ao vivo, então eu ia cru, pregava uma bandeira com durex e estava pronto o cenário do ‘ao vivo’. Aquilo que era uma desvantagem virou uma vantagem porque me transformei no âncora do programa eleitoral”, relatou o governador de Sergipe em sua página oficial na internet.â?¨

Na eleição municipal, mesmo com recursos para a confecção de 5 mil cartazes, Déda ficou em segundo lugar com quase 19 mil votos. Logo em seguida foi eleito deputado federal por Sergipe.

Um ano depois, ele foi eleito deputado estadual com mais de 32 mil votos. O revés eleitoral ocorreu em 1990, quando tentou se reeleger para uma das cadeiras da Assembleia Legislativa. Acusado de ter priorizado as atividades legislativas em detrimento dos movimentos sociais, Marcelo Déda obteve 10% dos 33 mil votos que o elegeram em 1986.

Em 1994, foi eleito para a Câmara dos Deputados e, em 2000, conquistou o primeiro mandato de prefeito de Aracaju referendado por 52,8% dos votos válidos. Reeleito em 2004, Déda começou a consolidar a trajetória política para a candidatura ao governo de Sergipe.

Em 2006, deixou a prefeitura de Aracaju para se candidatar ao comando do estado. Eleito em primeiro turno com 52% dos votos, Déda investiu em infraestrutura no interior do estado.

Em entrevista à Agência Brasil, durante a campanha à reeleição, Marcelo Déda disse que o foco de seu governo no segundo mandato – 2010 a 2014 – seria o combate à violência, o aprofundamento das políticas sociais e a continuidade das obras de infraestrutura iniciadas em 2006.

GOVERNADOR MARCELO DÉDA, DE SERGIPE, MORRE AOS 53 ANOS

Brasília - Morreu hoje (2), aos 53 anos, o governador de Sergipe, Marcelo Déda. Vítima de um câncer gastrointestinal, o governador foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no dia 27 de maio, com dificuldades para se alimentar. Casado duas vezes, o governador deixa quatro filhos.

Advogado formado pela Universidade Federal de Sergipe, o político estava no segundo mandato. No seu lugar assumirá o vice-governador, Jackson Barreto, do PMDB.

Natural do município de Simão Dias, Déda milita na política desde a década de 70, nos movimentos secundaristas, quando conheceu o então dirigente sindical Luiz Inácio Lula da Silva. Militante do Partido dos Trabalhadores (PT), no início dos anos 1980, Marcelo Déda foi fundamental na consolidação da legenda no estado.

Em 1985, o PT decidiu lançar o nome de Déda para concorrer às eleições municipais de Aracaju, com o objetivo de se firmar como um partido nacional. Na época, com 25 anos e sem recursos para a campanha, o candidato fez todos os programas eleitorais gratuitos de televisão ao vivo e apenas com a bandeira do partido na parede do cenário, montado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

“A lei me facultava fazer ao vivo, então eu ia cru, pregava uma bandeira com durex e estava pronto o cenário do ‘ao vivo’. Aquilo que era uma desvantagem virou uma vantagem porque me transformei no âncora do programa eleitoral”, relatou o governador de Sergipe em sua página oficial na internet.â?¨

Na eleição municipal, mesmo com recursos para a confecção de 5 mil cartazes, Déda ficou em segundo lugar com quase 19 mil votos. Logo em seguida foi eleito deputado federal por Sergipe.

Um ano depois, ele foi eleito deputado estadual com mais de 32 mil votos. O revés eleitoral ocorreu em 1990, quando tentou se reeleger para uma das cadeiras da Assembleia Legislativa. Acusado de ter priorizado as atividades legislativas em detrimento dos movimentos sociais, Marcelo Déda obteve 10% dos 33 mil votos que o elegeram em 1986.

Em 1994, foi eleito para a Câmara dos Deputados e, em 2000, conquistou o primeiro mandato de prefeito de Aracaju referendado por 52,8% dos votos válidos. Reeleito em 2004, Déda começou a consolidar a trajetória política para a candidatura ao governo de Sergipe.

Em 2006, deixou a prefeitura de Aracaju para se candidatar ao comando do estado. Eleito em primeiro turno com 52% dos votos, Déda investiu em infraestrutura no interior do estado.

Em entrevista à Agência Brasil, durante a campanha à reeleição, Marcelo Déda disse que o foco de seu governo no segundo mandato – 2010 a 2014 – seria o combate à violência, o aprofundamento das políticas sociais e a continuidade das obras de infraestrutura iniciadas em 2006.

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