Dilma repudia ataque a coronel da PM em São Paulo. "Agressão covarde, barbárie" - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 28/03/2024
 
26/10/2013 - 18h11m

Dilma repudia ataque a coronel da PM em São Paulo. "Agressão covarde, barbárie"

Agência Brasil/Paulo Victor Chagas 
PM/Divulgação
Ataques ao coronel Reynaldo Rossi durante manifestação foram filmados e fotografados
Ataques ao coronel Reynaldo Rossi durante manifestação foram filmados e fotografados

Brasília - A presidente Dilma Rousseff prestou hoje (26) solidariedade ao coronel Reynaldo Simões Rossi, agredido ontem (25) por integrantes do grupo Black Bloc durante depredação no Parque Dom Pedro II, em São Paulo (SP). Segundo a presidente, agredir e depredar não fazem parte da liberdade de manifestação e são “barbáries antidemocráticas”.

“Presto minha solidariedade ao coronel da PM Reynaldo Simões Rossi, agredido covardemente ontem por um grupo de black blocs em SP. Agredir e depredar não fazem parte da liberdade de manifestação. Pelo contrário. São barbáries antidemocráticas. A violência cassa o direito de quem quer se manifestar livremente”, disse Dilma em sua conta no microblog Twitter.

Reynaldo Simões, comandante do policiamento na área do centro, teve a pistola e o rádio-comunicador roubados. Em nota, a Polícia Militar no estado disse que o PM teve a clavícula quebrada e escoriações na face e na cabeça. De acordo com a presidente, as forças de segurança possuem a obrigação de assegurar que as manifestações ocorram de forma livre e pacífica e se colocou à disposição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para dar apoio à punição de “abusos” nas manifestações.

“Violência deve ser coibida. A Justiça deve punir os abusos, nos termos da lei. O Governo Federal coloca à disposição do Governo de São Paulo o que ele julgar necessário”, ressaltou Dilma Rousseff.

Na noite de ontem, cerca de 3 mil pessoas saíram do Theatro Municipal e seguiram para o Terminal Dom Pedro, na Praça da Sé, para pedir tarifa zero nos ônibus da capital paulista. Durante o ato, parte dos manifestantes forçou a entrada do Parque Dom Pedro II, abriu os portões e depredou ônibus e bilheterias.

PM CONTA O QUE ACONTECEU NA MANIFESTAÇÃO MAIS VIOLENTA DO ANO

Em nota, publicada no site da corporação, a Polícia Militar divulgou a sua versão sobre os acontecimentos ocorridos na noite desta sexta-feira, 25, no centro de São Paulo, durante manifestação convocada pelo grupo MPL (Movimento Passe Livre).

Na íntegra, o registro da PM é o seguinte:

A Polícia Militar esclarece que na data de ontem (25), realizava o acompanhamento da manifestação “Mobilização do MPL/SP- Semana de Luta Pelo Transporte Público”, com a finalidade de garantir o direito de manifestação como também o direito de ir e vir e de preservar o patrimônio público e privado.

Desde o início da Manifestação foi percebida a presença de integrantes “Black Blocs” que gritavam palavras de ordem contra a PM, bem como tentavam provocar os PMs a alguma reação violenta para fins midiáticos.

No Parque Dom Pedro os “Black Blocs” passaram das palavras à ação e iniciaram um confronto com os policiais militares, neste episódio eles agrediram, de forma covarde, o Cel PM Reynaldo Simões Rossi, comandante do policiamento da área centro e seu auxiliar, roubando a pistola calibre .40 e o rádio comunicador do Oficial.

O Cel PM Reynaldo teve a clavícula quebrada e muitas escoriações na região da face e cabeça, sendo socorrido ao Hospital das Clínicas juntamente com seu auxiliar, soldado da PM que teve ferimentos. Passaram por atendimento médico e foram liberados.

Integrantes do Black Block, no Parque Dom Pedro, Terminal Parque D. Pedro completamente destruído. Quebraram orelhões, extintores, catracas, 15 caixas eletrônicos, bilheterias, banheiros, quiosques, picharam as colunas do terminal, depredaram vários ônibus e instalações. Também atearam fogo em cones e alguns mascarados roubaram cerca de 1.500 reais de uma cabine do terminal.

Na região da 25 de Março, portas de todas as lojas foram amassadas na Ladeira General Carneiro X Pça Manoel da Nóbrega, a Loja Ibis os vidros quebrados e paredes pichadas. Diversos bancos como Santander, HDBC, Bradesco, Itaú e Safra, além da Defensoria Pública e Edifício Cidades também tiveram os vidros quebrados.

Na Rua Alvares Penteado quebraram os vidros da Sub Prefeitura Sé e da Magazine Luiza. Na Rua Rangel Pestana o Banco Santander também teve os vidros quebrados.

A AES Eletropaulo, na Rua Tabatinguera, foi toda pichada. Diversas lixeiras e orelhões da área central destruídos.

Diante este cenário equipes do Comando de Choque, usando de técnicas de CDC, detiveram ,92 pessoas que foram conduzidas para o 1º, 2º, 8º e 78º D.P.

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