São Paulo, SP, 28/03/2024
 
29/03/2012 - 21h29m

Dissidentes continuam detidos em Cuba após visita do Papa

Agence France Presse 
AFP/Adalberto Roque29/03/2012 22h50 GMT
Berta Soler (E) em protesto das Damas de Branco, dia 16. Ela foi detida para não ir à missa do Papa.
Berta Soler (E) em protesto das Damas de Branco, dia 16. Ela foi detida para não ir à missa do Papa.

HAVANA (AFP) - Alguns dissidentes cubanos, dos 150 detidos preventivamente para impedir protestos durante a visita do Papa Bento XVI à Ilha, permaneciam "sob prisão" nesta quinta-feira, denunciou um opositor à AFP.

"De uma forma ou outra foram detidos mais de 150 dissidentes. Esta manhã (de quinta-feira) alguns ainda estavam presos", disse Elizardo Sánchez, que dirige a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, que é ilegal, mas tolerada pelo governo comunista.

"O governo traçou um cenário sob o signo das "centenas" para a visita do Papa: centenas de dissidentes foram detidos para que não assistissem às missas de Bento XVI. Centenas foram submetidos à prisão domiciliar com a mesma finalidade. Centenas de telefones fixos e celulares de dissidentes foram desconectados", disse Sánchez em um e-mail enviado à AFP.

A presidente das Damas de Branco, Berta Soler, revelou à AFP que foi detida na quarta-feira durante 16 horas com seu marido, o ex-preso político Angel Moya, para que não assistissem à missa papal na Praça da Revolução de Havana.

Depois de visitar o México, Bento XVI ficou pouco mais de 48 horas em Cuba, na primeira visita de um Papa desde a de João Pablo II em 1998, que marcou o degelo nas relações entre a Igreja e o regime castrista.

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