Curitiba - Dono da empreiteira UTC e um dos delatores da Operação Lava Jato, Ricardo Pessoa disse nesta segunda-feira (8) que não discutiu o repasse de propinas para o PT com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, Pessoa reafirmou o pagamento de vantagens indevidas a partidos políticos para que a sua empresa pudesse firmar contratos com a Petrobras. Segundo ele, os executivos eram “cobrados” a efetivar os repasses.
As vantagens indevidas eram repassadas às diretorias de Serviços e de Abastecimento da Petrobras. Ele repetiu a versão de que a propina do PT era paga ao então tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, e ao PP, por meio de três interlocutores. Na estatal, segundo Pessoa, os principais intermediários eram os ex-dirigentes Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e Renato Duque.