São Paulo (Agência Hoje) - Em palestra na Sociedade Rural Brasileira, em São Paulo, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, anunciou o início de um diálogo "muito franco e respeitoso" capaz de fornecer subsídios e buscar pontos em comum para ajudar "na construção de um programa de Governo" para as próximas eleições.
"PSB e Rede fizeram uma aliança programática, na qual decidimos, em torno de 3 pontos objetivos, construir um debate com a sociedade para a produção das diretrizes que vão lastrear o nosso programa de governo. Essas diretrizes estão sendo discutidas pelo grupo de trabalho, e queremos produzir um programa de governo que naturalmente vai falar sobre a atividade primária no Brasil, sobre o campo, sobre a logística, sobre a economia", disse Eduardo.
Em seguida, ele apontou o objetivo imediato do partido em relação às lideranças do agronegócio brasileiro. "Nós queremos expressar o nosso pensamento. Até lá, é um tempo de escuta, de procurar as entidades, de aproximar, de ver os pontos comuns que temos, e temos muitos", destacou.
"Por exemplo, a nossa disposição de reforçar a presença da energia renovável na matriz brasileira é algo que une o agronegócio, o movimento ambientalista e as pessoas que querem energia renovável. Então temos aí um ponto concreto e objetivo. É preciso haver essa discussão, e nesse debate nós vemos que temos muitos pontos de convergência. Há muitas pessoas no agronegócio brasileiro que sabem que o valor da sustentabilidade é cada vez mais reclamado pelos consumidores Mundo afora", afirmou o presidente do PSB.
Na opinião de Eduardo Campos, "os consumidores na Europa, nos Estados Unidos, no Canadá, no Japão, na China e na América Latina cada vez mais vão à gôndola querendo comprar um produto que tenha essa marca, e o agronegócio brasileiro desenvolveu, no tempo em que o Brasil parou, uma grande aliança entre o conhecimento e a produção, e fez com que hoje o agronegócio legue ao Brasil o dobro do saldo da balança comercial que o Brasil consegue produzir".
O presidente do PSB acrescentou que "Isso não é pouco relevante. Hoje, o agronegócio brasileiro produz 25% dos empregos. Isso não é pouco relevante. Por isso a nossa estada aqui, para fazer esse diálogo, essa aproximação, podermos aprender muito, levar as reivindicações, os pontos que são destacados pelas suas lideranças".