São Paulo (Agência Hoje) - Os atendimentos de emergência foram restabelecidos pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo por volta das 22h desta quarta-feira, 23, depois de uma interrupção que deixou cerca de seis mil pessoas sem atendimento dos serviços de pronto-socorro, cirurgias eletivas e exames laboratoriais.
A preocupação agora é com uma dívida que chegaria a R$ 400 milhões, sendo que R$ 50 milhões se referem a fornecedores que entregaram remédios e materiais e ainda não receberam. A alegação da administração para interromper parte dos serviços oferecidos é de que faltava dinheiro para a compra de materiais básicos.
Com a liberação de R$ 3 milhões, por parte da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, os serviços foram restabelecidos após uma paralisação que começou na terça-feira, 22. O Governo condicionou novas liberações de recursos, porém, a realização de uma auditoria nas contas da Santa Casa.
Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, o hospital foi reabastecido com esses materiais após a liberação emergencial de R$ 3 milhões pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. A dívida com os fornecedores de remédios e materiais está em torno de R$ 50 milhões – incluindo todos os tipos de despesas, os débitos somam R$ 400 milhões.
O Ministério Público de São Paulo instaurou um inquérito civil para investigar a suspensão dos atendimentos, que afetou cerca de seis mil pessoas. A Santa Casa é o maior centro de atendimento filantrópico da América Latina.
Procurado, o Ministério da Saúde respondeu que vem “ampliando os recursos para as santas casas e oferecendo soluções para a quitação das dívidas históricas dessas unidades”.
Entre as medidas, está o Programa de Fortalecimento das Santas Casas (Prosus), que prevê a quitação dos débitos tributários em até 15 anos das instituições que aderirem à iniciativa. De acordo com o ministério, até o dia 9 de julho, a pasta não havia recebido nenhum pedido de adesão ao programa da Santa Casa de São Paulo.
* Com informações da Agência Brasil