Estudantes fazem homenagem a menino morto a tiro por guarda civil em São Paulo - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 19/04/2024
 
28/06/2016 - 11h05m

Estudantes fazem homenagem a menino morto a tiro por guarda civil em São Paulo

Agência Brasil/Elaine Patricia Cruz 

São Paulo - Um ato público simbólico, organizado por estudantes secundaristas que se sentaram no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, segurando velas e um imenso cartaz onde pediam o fim do genocídio de jovens negros, homenageou na noite de segunda-feira (27) o menino Waldik Gabriel da Silva, de 11 anos, morto por um guarda civil metropolitano de São Paulo, durante perseguição a um carro, na noite do último sábado (25)

Apesar de reunir poucos participantes, o ato chamou a atenção de pessoas que passavam pela Avenida Paulista, como um haitiano que se identificou como Il Nero. Depois de saber dos organizadores sobre a razão do ato, Il Nero começou a fazer um discurso emocionado no local, falando da desigualdade no Brasil, principalmente em relação aos negros e imigrantes. “Como todo mundo quer uma sociedade justa e igualitária no momento em que, a cada 23 minutos, se mata um negro? E o estado do Brasil nega isso. É um genocídio grande aqui. A sociedade tem que se indignar”, disse ele.

Segundo a versão policial sobre a morte de Waldik Gabriel Silva, guardas civis foram avisados por motoqueiros, que não se identificaram, de que teriam sido roubados por ocupantes de um Chevette prata. Após perseguição, os suspeitos atiraram contra o carro da polícia. Um guarda contra o Chevette e atingiu o menino Waldik, que estava no banco traseiro do carro.

De acordo com o boletim de ocorrência, o condutor do veículo e outro homem fugiram a pé, abandonando Waldik dentro do carro, na Rua Regresso Feliz, número 131, Cidade Tiradentes.

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