Ex-braço direito de Eike Batista perde ação de US$ 50 milhões contra o empresário - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 29/03/2024
 
31/05/2012 - 00h05m

Ex-braço direito de Eike Batista perde ação de US$ 50 milhões contra o empresário

Folhapress/Lucas Vettorazzo 

RIO DE JANEIRO, RJ (Folhapress) - A Justiça do Rio de Janeiro decidiu hoje em favor do empresário Eike Batista em uma das ações movidas contra ele pelo seu ex-diretor Rodolfo Landim. Ainda cabe recurso no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O executivo entrou na Justiça para ter o direito de vender 5,540 milhões de ações da OGX, petroleira do grupo EBX, de Eike. Avaliadas em cerca de US$ 50 milhões pelo mercado, as ações foram dadas à Landim como bônus de pagamento.

Uma cláusula diz que ele teria de esperar até novembro de 2011 para vender suas ações na petroleira. O ex-executivo, no entanto, já passou adiante sua participação, fora do período determinado. Em última análise, a decisão com relação ao prazo validará ou não a venda das ações.

Landim foi o braço direito de Eike na criação da holding EBX. Ele já ocupou a presidência da petroleira OGX, da mineradora MMX e da OSX, de construção naval. Devido a divergências internas, o executivo foi desligado do grupo em abril de 2010 e entrou na Justiça contra o ex-patrão.

No início do ano, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial do Rio, decidiu em favor de Landim. Eike recorreu e a ação foi para a segunda instância.

Três desembargadores da 3ª Câmara Cível tiveram que votar. Até hoje, os votos estavam empatados em um a um. A desembargadora Helda Lima Meirelles deu decisão favorável ao recurso de Eike.

Até a publicação desta nota, nenhuma das partes havia se pronunciado.

Outro processo

Landim tem mais um processo contra Eike. O ex-executivo briga na justiça para ter 1% do capital da holding EBX. Ele afirma que o empresário havia lhe prometido a fatia na companhia. Em junho do ano passado, a Justiça deu ganho de causa a Eike. Landim recorreu e o processo ainda está tramitando.

Há divergências com relação à formalização da suposta promessa. Os advogados de Landim dizem que a promessa foi firmada em carta manuscrita por Eike, registrada em cartório.

Já os advogados de Eike dizem que Landim se baseia em um bilhete escrito durante uma viagem de avião, em 2006, por Eike, no qual este promete lhe dar "1% da holding mais 0,5% das minhas ações da MMX".

Hoje São Paulo

© 2024 - Hoje São Paulo - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por ConsulteWare e Rogério Carneiro