Exército do Egito diz que entregará o poder até o fim do mês - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 19/04/2024
 
18/06/2012 - 09h49m

Exército do Egito diz que entregará o poder até o fim do mês

Agence France Presse 
©AFP / Mahmud Hams
Exército egípcio patrulha durante as eleições transcorridas no fim de semana
Exército egípcio patrulha durante as eleições transcorridas no fim de semana
  • Simpatizantes da Irmandade Muçulmana comemoram anúncio de resultados

CAIRO, Egito (AFP) - Os militares egípcios se comprometeram novamente nesta segunda-feira a entregar o poder antes do dia 30 de junho ao vencedor das eleições presidenciais.

O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) transferirá o poder ao novo presidente antes de 30 de junho, assegurou o general Mohammed al-Assar, em coletiva de imprensa.

O novo presidente terá no entanto, pouca margem de manobra devido às amplas prerrogativas que o exército se concedeu no domingo.

"O presidente da República será investido de todos os poderes de um presidente da República", enfatizou Assar.

MUÇULMANOS REIVINDICAM VITÓRIA NA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

CAIRO (AFP) - A Irmandade Muçulmana reivindicou nesta segunda-feira a vitória de seu candidato, Mohammed Mursi, na primeira eleição presidencial organizada no país desde a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.

"O doutor Mohammed Mursi é o primeiro presidente da República eleito pelo povo", afirmou em sua conta no Twitter o Partido da Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, presidido por Mursi.

Mursi falou pouco depois em uma coletiva de imprensa para agradecer aos que votaram nele e se comprometeu a trabalhar "de mãos dadas com os egípcios para um futuro melhor, pela liberdade, a democracia e a paz".

Também prometeu "servir a todos os egípcios", independentemente de suas crenças políticas ou religiosas.

"Não temos a intenção de nos dedicarmos a ajustes de contas", assegurou.

Mursi enfrentava no segundo turno da eleição, realizado no sábado e no domingo, uma figura do regime Mubarak, seu último primeiro-ministro, Ahmad Shafiq.

Segundo informações do diretor de campanha de Mursi, Ahmad Abdelati, o candidato da Irmandade Muçulmana obteve 52,5% dos votos contra 47,5% para seu rival, com quase 98% dos votos dos colégios eleitorais contabilizados e levando em conta os votos dos egípcios no exterior, que foram compilados nos últimos dias.

Mas o campo do candidato Shafiq rejeitou a vitória reivindicada pela Irmandade Muçulmana.

"Nós a rejeitamos totalmente", declarou à imprensa um funcionário da campanha de Shafiq, Mahmud Barakeh.

"Estamos surpresos por este comportamento estranho, que equivale a perverter o resultado da eleição", acrescentou, afirmando que a equipe de campanha de Shafiq dispunha de números que o colocam na liderança da votação.

Os resultados oficiais devem ser anunciados na próxima quinta-feira.

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