Farc libertam jornalista francês, após 32 dias mantido em cativeiro - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 25/04/2024
 
30/05/2012 - 16h59m

Farc libertam jornalista francês, após 32 dias mantido em cativeiro

Agence France Presse 
©AFP / Luis Acosta
O jornalista sorri e grava imagens, após ser entregue pelas Farc a uma missão humanitária
O jornalista sorri e grava imagens, após ser entregue pelas Farc a uma missão humanitária
  • Delegados da Cruz Vermelha examinam a cicatriz no braço de Langlois

SAN ISIDRO, Colômbia (AFP) - O jornalista francês Romeo Langlois foi libertado nesta quarta-feira pela guerrilha das Farc, no povoado de San Isidro, sul da Colômbia.

Saudado por habitantes do local, o jornalista caminhou pelas ruas do povoado e concedeu entrevistas, antes de se reunir com a comissão humanitária que veio buscá-lo, após ele ter passado 32 dias em cativeiro.

"Para a França, este é um momento muito aguardado há pouco mais de um mês", lembrou o enviado do governo francês, Jean-Baptiste Chauvin. "Estou muito satisfeito e aliviado por receber meu compatriota. Este é um momento de grande alívio, porque Romeo poderá dar continuidade a seu trabalho jornalístico e se reunir com a família."

Langlois, 35, correspondente do canal de TV France 24, disse que, em nenhum momento, ficou amarrado: "Sempre me trataram como um convidado e foram respeitosos. Além do fato de eu ter ficado preso por um mês quando estava ferido, de resto foi tudo bem. Não posso me queixar."

O jornalista foi sequestrado em 28 de abril, quando a patrulha com a qual se deslocava para fazer uma reportagem sobre operações contra o tráfico de drogas foi atacada por guerrilheiros, em Caquetá. Quatro militares morreram no combate, e Langlois foi ferido em um dos braços, entregando-se, em seguida, aos rebeldes.

"Não precisava desta experiência para conhecer o conflito colombiano ou a guerrilha. Tenho a convicção de que é preciso seguir cobrindo este conflito. Comigo, fez-se política de vários lados. Acho triste que seja necessário sequestrar alguém para que as pessoas venham até esta região", lamentou o jornalista.

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