Fibromialgia: doença afeta sete mulheres para cada homem - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 16/04/2024
 
09/09/2016 - 11h11m

Fibromialgia: doença afeta sete mulheres para cada homem

Agência Apoio 
Divulgação
Doença compromete o autocuidado, a mobilidade, além de dificultar a atividade física e rotineira
Doença compromete o autocuidado, a mobilidade, além de dificultar a atividade física e rotineira

São Paulo - Caracterizada por uma síndrome de dor difusa, a causa da fibromialgia ainda é desconhecida, o que a torna um problema ainda maior aos seus portadores. Altamente incapacitante, compromete o autocuidado, a mobilidade, além de dificultar a atividade física e rotineira.

“Sabe-se que existe a chamada fibromialgia ‘primária’, a própria patologia, e a ‘secundária’, decorrente de outras doenças – pacientes com doenças reumatológicas ou quadro depressivo têm prevalência maior. Para confirmar a sua presença, é feito um exame clínico com a apalpação de 18 pontos anatômicos. O diagnóstico é positivo na presença de dor em 11 deles”, explica dr. Paulo Renato Barreiros da Fonseca, diretor científico da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED).

Entre as queixas frequentes estão o cansaço fora do comum (excessiva falta de energia e de força) e a fadiga associados à dificuldade de dormir ou qualidade do sono ruim – o que também gera problemas de concentração e de memória, tornando-se um círculo vicioso.

Há, ainda, uma sensação de dor na musculatura que se espalha por todo o corpo, especialmente pelos membros superiores e inferiores, assim como pelas costas, e a maior parte sofre também de lombalgia.

“Temos um número alto de pacientes (50%) que sofrem com depressão, porém, não se trata de um quadro psiquiátrico, mas neurológico, pois o cérebro perde seu controle de administrar a dor”, esclarece dr. Paulo Renato.

Qualidade de vida

Uma vez que o portador da fibromialgia sofre com baixa qualidade de vida, o atendimento deve ser multiprofissional – além do ponto de vista fisiológico, é preciso estender os cuidados ao psicológico e social. A terapêutica medicamentosa é bem estabelecida, embora não curativa, pois ameniza a dor e melhora o sono e a depressão.

Para uma melhor recuperação, é imprescindível adotar atividade física, psicoterapia, fisioterapia, assim como terapias complementares (acupuntura e shiatsu) que resultam em maior independência e minimiza o sofrimento causado pela síndrome dolorosa.

“Sabemos que a fibromialgia afeta 7 mulheres para cada homem. E boa parte do que é necessário para uma terapia bem sucedida é a iniciativa dela mesma, aliada ao apoio familiar que, aliás precisa estar bem esclarecida de que se trata de uma doença física. Sem dúvida, o enfrentamento faz toda a diferença. E essa virada vem justamente da prática de atividades como relaxamento, alongamento, massagens e tudo que for voltado à movimentação, pois melhoram sobremaneira a qualidade de vida. Assim, o remédio torna-se uma ajuda temporária, uma vez que o maior benefício vem da atividade física”, conclui o diretor científico da SBED.

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