Futebol Feminino: Pretinha lamenta falta de visibilidade no país - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 27/04/2024
 
26/09/2016 - 11h54m

Futebol Feminino: Pretinha lamenta falta de visibilidade no país

Portal EBC/Patrícia Serrão e Luiz Gustavo 
Divulgação/CBF/Ricardo Stuckert
Ex-jogadora solicita ajuda dos fãs para o crescimento do futebol feminino
Ex-jogadora solicita ajuda dos fãs para o crescimento do futebol feminino

Brasília - Aposentada há um ano, a ex-jogadora Delma Gonçalves, conhecida com Pretinha, vem acompanhando de perto a situação do futebol feminino no Brasil. Ela diz que torceu muito pelas meninas da seleção nos Jogos Olímpicos do Rio.

“É claro que eu estava torcendo e confiante, não só eu como todo torcedor brasileiro. A Seleção também estava confiante, mas, infelizmente, não veio a medalha. Mas as meninas estão de parabéns independente do resultado", disse.

Com o fim das Olimpíadas, as competições nacionais do futebol feminino continuam na Copa do Brasil, mas Pretinha reclama da falta de visibilidade da modalidade.

“A estrutura, infelizmente, é fraca. E a divulgação também. Tanto que gente só fica sabendo dos jogos por uma amiga, pela internet ou pelo Facebook. Ainda falta muita coisa. Não passa na televisão, principalmente a aberta. Precista ter divulgação para os torcedores comparecerem e a estrutura melhorar”, reclama.

A ex-jogadora solicita ajuda dos fãs para o crescimento do futebol feminino.

“A gente sabe das dificuldades que a modalidade tem aqui no Brasil. Aqui no Rio de Janeiro principalmente precisa melhorar. Todo mundo sabe que precisa melhorar, só que ninguém faz a sua parte. Então fica difícil só as jogadoras batalhando. Mas todo mundo que gosta de futebol feminino precisa ajudar de alguma forma.”

Pretinha não considera o machismo responsável pela pouca viabilidade do futebol feminino.

“O machismo e o preconceito é 'normal' com a mulher. Todo mundo sabe que em todas as áreas, não só no futebol. Em todas as áreas existe o preconceito”, disse. Para ela, é necessidade o envolvimento de todos para o desenvolvimento do esporte. “A responsabilidade é de todos. Não adianta apontar um ou dois culpados. Todos têm que se responsabilizar”.

E a ex-jogadora da seleção diz que ainda quer contribuir com o futebol feminino, mas não confirma a intenção de virar técnica. “Eu quero ajudar de alguma forma. Por enquanto, eu ainda não decidi. Eu parei em novembro do ano passado, mas eu espero estar dentro do futebol de alguma forma,” aponta.

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