Futuro incerto para polêmica reforma da Câmara dos Lordes - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 29/03/2024
 
11/07/2012 - 09h45m

Futuro incerto para polêmica reforma da Câmara dos Lordes

Agence France Presse 
©AFP / Alastair Grant
Membros da Câmara dos Lordes durante discurso da rapinha na abertura do parlamento, em 9 maio de 2012
Membros da Câmara dos Lordes durante discurso da rapinha na abertura do parlamento, em 9 maio de 2012

LONDRES (AFP) - A reforma da Câmara dos Lordes enfrentava nesta quarta-feira um futuro incerto após a aprovação do projeto de lei no Parlamento, mas sem o polêmico calendário que assegurava a aplicação na atual legislatura após uma inédita rebelião dos deputados conservadores.

Os deputados aprovaram por 462 votos a favor e 124 contrários na noite de terça-feira o projeto de lei estimulado pelo governo, após dois dias de intensos debates na Câmara dos Comuns.

A medida se beneficiou do apoio do opositor Partido Trabalhista, mas 91 deputados "Tories" votaram contra, na maior rebelião contra a coalizão liderada pelo primeiro-ministro David Cameron desde que chegou ao poder em maio de 2010.

O governo se viu obrigado a retirar, horas antes, uma segunda moção que limitava a 10 dias o debate da proposta na Câmara dos Comuns para evitar uma derrota segura, que teria provocado uma crise na coalizão.

Apesar do governo afirmar que apresentará uma nova proposta de calendário nos próximos meses, a falta de datas pode prorrogar indefinidamente o debate sobre a reforma da Câmara dos Lordes, Casa não eleita do Parlamento britânico formada por mais de 800 membros vitalícios e, em alguns casos, hereditários.

A reforma pretende reduzir o número total de Lordes a 450, em sua maioria (80%) eleitos por representação proporcional para um mandato único de 15 anos. Um terço da Câmara deve ser renovado a cada cinco anos a partir de 2015. Os 20% restantes seriam designados por uma comissão.

O líder liberal-democrata e vice-premier Nick Clegg, que considera esta reforma uma prioridade, saudou a "votação histórica" como um "enorme triunfo" para seu partido em uma mensagem eletrônica enviada aos simpatizantes.

Mas para Jesse Normam, um dos deputados rebeldes, o projeto de lei está "morto".

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