Ginecologista explica sobre a endometriose e os principais sintomas - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 20/04/2024
 
02/03/2016 - 11h38m

Ginecologista explica sobre a endometriose e os principais sintomas

Portal EBC 
Agência Brasil/Arquivo
Doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras e pode causar infertilidade
Doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras e pode causar infertilidade

Brasília - Em entrevista ao programa Amazônia Brasileira desta terça-feira (1º), o Ginecologista e membro da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Frederico Corrêa, explicou que o endométrio é o tecido que, habitualmente, reveste o interior do útero. Todos os meses, o endométrio cresce e fica mais espesso, para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há a gravidez, esse endométrio descama e é expelido na menstruação.

Em alguns casos, o endométrio migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a Endometriose, uma doença caracterizada pela presença do endométrio, fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve, como as trompas, ovários, intestinos e bexiga. Além de dores e irregularidades no fluxo menstrual, pode causar a infertilidade. Hoje, a doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras.

Segundo Frederico Corrêa, o diagnóstico é feito por meio de exame físico, ultrassom endovaginal especializado, exame ginecológico, dosagem de marcadores e outros exames de laboratório, e os principais sintomas são:

- Cólica menstrual intensa e dores durante a menstruação;

- Dor durante a relação sexual;

- Fadiga crônica e exaustão;

- Sangramento menstrual intenso ou irregular;

- Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação;

- Dificuldade para engravidar e infertilidade.

Uma das maiores preocupações das mulheres que são afetadas pela Endometriose, é a infertilidade. De acordo com Frederico Corrêa, a cada 10 mulheres com a doença, 7 terão infertilidade, ou seja, 70% dos casos.

O ginecologista alerta sobre a importância de procurar um especialista com frequência: “O mais importante é procurar um ginecologista que possa identificar a doença e diagnosticá-la. Diante do diagnóstico, as opções de tratamento serão ou o tratamento clínico, com medicações para melhorar os sintomas ou o cirúrgico, para a retirada das lesões”.

Hoje São Paulo

© 2024 - Hoje São Paulo - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por ConsulteWare e Rogério Carneiro