Governo argentino reclama de voos militares de ingleses entre as Ilhas Malvinas e o Brasil - Hoje São Paulo
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02/03/2017 - 13h21m

Governo argentino reclama de voos militares de ingleses entre as Ilhas Malvinas e o Brasil

Agência Brasil/Débora Brito 

Brasília - O governo da Argentina divulgou nota em que demonstra preocupação com o registro de voos militares do Reino Unido realizados entre as Ilhas Malvinas e o Brasil. O documento foi publicado ontem (01) no site do Ministério das Relações Exteriores argentino. Segundo a nota, em 2016 foram realizados pelo menos seis voos militares da Força Aérea Britânica entre aeroportos brasileiros e a base aérea inglesa nas Ilhas Malvinas.

A soberania sobre o território das Malvinas, situado no extremo sul do Oceano Atlântico em área marítima da Argentina, é disputado entre o governo de Buenos Aires e o Reino Unido há mais de 180 anos. A disputa inclusive motivou, na década de 80, uma guerra entre os dois países que durou mais de dois meses. Atualmente, o arquipélago é administrado pelo governo britânico.

A chancelaria argentina demonstrou preocupação com o caso dos voos militares entre o arquipélago e o Brasil, uma vez que há uma orientação entre os países integrantes do Mercosul de não receber em seus aeroportos aviões militares britânicos que venham das Malvinas, exceto em situações previstas e acordadas pelo bloco.

Segundo o informe argentino, o Brasil respondeu que não tinha conhecimento dos voos e que se comprometeu a consultar o Ministério da Defesa brasileiro sobre esta ocorrência. A embaixada brasileira em Buenos Aires sinalizou à chancelaria argentina que os voos podem estar relacionados a questões humanitárias ou emergências de caráter técnico.

A nota lembra que, em 2015, houve registro de 12 voos britânicos entre o Brasil e as Malvinas e, na ocasião, a resposta brasileira foi similar a deste ano. O Itamaraty informou por meio da sua assessoria de imprensa que não vai se manifestar sobre a solicitação do país vizinho.

O Ministério da Defesa informou que o caso está sendo analisado pela Força Aérea Brasileira (FAB). Até o momento deste publicação, a Agência Brasil não havia recebido posicionamento da FAB sobre o assunto.

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