Haddad critica pedágio urbano e candidatos do PT atacam Serra - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 16/04/2024
 
17/07/2012 - 16h48m

Haddad critica pedágio urbano e candidatos do PT atacam Serra

Folhapress/Diógenes Campanha 
Divulgação
Fernando Haddad, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PT, ironiza projeto do Governo do Estado de pedágio urbano
Fernando Haddad, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PT, ironiza projeto do Governo do Estado de pedágio urbano

SÃO PAULO, SP (Folhapress) - O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo Fernando Haddad voltou a criticar, hoje, a possibilidade de cobrança de pedágio em trechos urbanos.

A taxação de veículos em áreas hoje não pedagiadas pode ser um dos impactos da implantação do sistema eletrônico de cobrança por quilômetro rodado em rodovias, atualmente em estudo pelo governo do Estado.

Haddad já havia dito ontem que a proposta "mais fragmenta do que integra a região metropolitana".

Hoje, em discurso em uma praça da Cidade Dutra (zona sul de São Paulo), ele adotou tom menos formal e foi irônico ao criticar o sistema.

"Agora estão querendo trazer os pedágios das rodovias para dentro da região metropolitana. Cada hora é uma ideia, uma invenção", disse.

"Daqui a pouco vamos transformar porteiro de prédio em cobrador de pedágio. A hora que você sai da sua garagem já deixa ali um tantinho. Não é possível isso aí. Do jeito que a coisa está indo, guarita de prédio vai virar praça de pedágio."

Antes do discurso de Haddad, parlamentares do PT já haviam usado o carro de som para atacar a proposta do governo do Estado e ligá-la ao candidato do PSDB à prefeitura, José Serra.

"A próxima novidade deles, Serra e Kassab, junto com o Alckmin, é colocar pedágio urbano", disse o deputado estadual Enio Tatto, integrante da coordenação da campanha.

"A pessoa vai para Osasco, Guarulhos, Diadema, Embu das Artes e vai pagar pedágio. Esse é o desserviço dos tucanos, do pessoal do DEM e agora com o Kassab [PSD]."

A campanha de Haddad pretende utilizar o tema do pedágio urbano contra o PSDB. Os petistas dizem ser necessário "um choque de transporte público" na capital antes de se discutir a adoção de cobrança para a circulação de carros na cidade.

Vereadores do PT disputando a reeleição e candidatos concorrendo ao primeiro mandato revezaram-se nos ataques a Serra no carro de som.

Arselino Tatto disse que "São Paulo não pode servir de trampolim para o senhor Serra ficar dois anos e depois sair para o governo".

Ítalo Cardoso chamou o tucano de "cara de pau" por se candidatar novamente depois de ter renunciado à prefeitura, em 2006. "Ele passou óleo de peroba na careca e está enganando a população. Diz que ama São Paulo, mas o sonho dele é estar em Brasília. A população é que não quis ele lá."

Em outro momento da caminhada, de volta ao microfone, Cardoso afirmou que Serra "saiu escondido pelos fundos, igual rato".

Ele citou também a filha do candidato, Verônica, acusada no livro "A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Jr., de ter fundado uma empresa com a irmã do banqueiro Daniel Dantas para desviar fundos de privatizações do governo Fernando Henrique (1995-2002) -o que ela nega.

"Serra governou para a família dele, para a filha dele, que até agora não explicou as maracutaias", disse Ítalo Cardoso.

Marta

Ausente da campanha por ter sido preterida pelo PT na escolha para disputar a prefeitura, a senadora Marta Suplicy se fez presente nos discursos dos correligionários.

"A última prefeita que investiu em transporte, mobilidade urbana aqui na região foi Marta Suplicy, que hoje apoia Fernando Haddad. Ele tem apoio da Erundina, da Marta, do Suplicy", discursou Enio Tatto.

Marta Suplicy fez críticas públicas à indicação de Haddad e faltou aos principais eventos da campanha. Em junho, ao ser questionada se aproveitaria o recesso parlamentar para se envolver mais com a candidatura petista, ela disse que trabalharia por seu mandato no Senado e pela reeleição da presidente Dilma Rousseff.

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