HSBC pagará R$ 134 milhões para encerrar investigação de lavagem de dinheiro na Suíça - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 25/04/2024
 
05/06/2015 - 13h35m

HSBC pagará R$ 134 milhões para encerrar investigação de lavagem de dinheiro na Suíça

Agência Brasil/Marcelo Brandão 
Reprodução
Acordo resultou no maior confisco já feito pela corte da cidade suíça, disse Olivier Jornot
Acordo resultou no maior confisco já feito pela corte da cidade suíça, disse Olivier Jornot

Brasília - O banco HSBC fechou um acordo com as autoridades da Suíça suíças e vai pagar 40 milhões de francos suíços – cerca de R$ 134 milhões – para encerrar as investigações de lavagem de dinheiro na filial suíça da instituição. De acordo com o promotor-chefe de Genebra, Olivier Jornot, o acordo resultou no maior confisco já feito pela corte da cidade suíça.

“A soma foi calculada de acordo com as vantagens injustificáveis que o banco obteve como parte de operações consideradas litigiosas. Nós não estamos aqui para quebrar um recorde do Guinness mas, de todo modo, essa é a maior soma já confiscada pela corte de Genebra na história.”

Em comunicado, o banco declarou que nem a instituição nem seus funcionários são suspeitos de qualquer crime. O HSBC pediu desculpas aos clientes e investidores pelas falhas do passado nas operações suíças e informou que já revisou os seus procedimentos.

O HSBC suíço estava sendo investigado desde fevereiro. Conhecida como Swissleaks, a investigação revelou documentos fornecidos por Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC em Genebra, ao jornal francês Le Monde e compartilhados com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que reúne profissionais de mais de 40 países.

Os jornalistas analisaram cerca de 60 mil fichas, algumas delas com com informações que denunciavam que o banco tinha conhecimento de práticas ilícitas de clientes.

À época, a filial suíça do banco britânico HSBC Private Bank assegurou ter sofrido uma “transformação radical” após “descumprimentos verificados em 2007”, para evitar casos de fraude fiscal e de lavagem de dinheiro.

“O HSBC [da Suíça] fez uma transformação radical em 2008 para evitar que os seus serviços sejam utilizados para fraudar o Fisco ou para a lavagem de dinheiro”, disse o diretor-geral da filial, Franco Morra, em comunicado enviado à agência de notícias France Presse.

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