JERUSALÉM (AFP) - O partido Kadima (centro) acertou um acordo de coalizão com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e deve entrar para o governo, informou a rádio estatal de Israel.
O acordo, fechado de forma surpreendente, foi acertado após o Parlamento aprovar a dissolução da Câmara, em primeira votação, e quando se preparava para adotar a medida de modo definitivo.
O chefe do Kadima, Shaul Mofaz, será vice-primeiro-ministro e ministro sem pasta no novo gabinete formado em virtude do acordo, precisou a rádio estatal, sem dar mais detalhes.
Netanyahu e Mofaz acertaram um novo texto, mais equilibrado, para substituir a Lei Tal, que permite aos judeus ortodoxos escapar do serviço militar.
A atual legislatura termina em outubro de 2013.
O chefe do partido Meretz (esquerda), Zehava Galon, reagiu ao acordo qualificando-o de "truque asqueroso".
Na manhã desta segunda-feira, Netanyahu confirmou na sessão semanal do gabinete que pretendia organizar eleições antecipadas em 4 de setembro.
No domingo, Netanyahu deu indícios do seu plano ao revelar que pretendia formar "o maior governo possível para garantir o futuro de Israel".
O chefe de governo alegou instabilidade política para convocar eleições antecipadas, destacando que era melhor organizar "uma campanha curta, de quatro meses, para garantir a estabilidade".
Netanyahu tem o apoio de 48% dos israelenses e aparece como o mais forte candidato a própria sucessão, segundo pesquisa do jornal Haaretz.