João Doria quer integração da Prefeitura e Governo do Estado para reduzir efeito das chuvas - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 20/04/2024
 
28/12/2016 - 21h53m

João Doria quer integração da Prefeitura e Governo do Estado para reduzir efeito das chuvas

Agência Brasil/Ludmilla Souza 
Agência Brasil/Arquivo/Rovena Rosa
João Doria anuncia plano para reduzir efeitos das chuvas de verão em São Paulo
João Doria anuncia plano para reduzir efeitos das chuvas de verão em São Paulo

São Paulo - O futuro prefeito da cidade de São Paulo, João Doria, apresentou nesta quarta-feira (28) o plano da Operação Chuvas de Verão 2016/2017, no Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR-SP). Doria ressaltou a integração como diferencial na operação.

“Criamos este comitê para as chuvas de verão, integrando governo do estado, governo municipal e outros entes numa ação conjunta. A operação já está dentro de um novo conceito de gestão, uma ação com a transversalidade de diversas áreas, e também com empresas fornecedoras da prefeitura e do governo do estado”.

Segundo ele, a operação é um conjunto de atitudes e ações estruturantes. “Dessa maneira, vamos buscar mais eficiência de gestão, maior integração das ações e, consequentemente, melhores resultados para prevenir os efeitos da chuva”, acredita.

A partir do CICCR, 13 agências vão atuar em conjunto para superar a fase crítica de chuvas, de dezembro a março. “Este será o centro de controle e monitoramento da operação, e vai funcionar 24 horas, em ação integrada e articulada, a partir do dia 1º de janeiro”, informou Doria.

O próximo prefeito da capital paulista disse que será a primeira vez que a ação integrada será realizada sob comando do CICCR-SP. Para ele, será o “primeiro grande teste de como essa ação pode melhorar a qualidade de vida das pessoas e, principalmente, diminuir os efeitos das chuvas nesses próximos três meses”.

Monitoramento Imediato

O CICCR-SP está instalado na Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional, no bairro da Luz, centro da cidade. O centro tem capacidade para operar com 60 agências distintas e é um dos legados da Copa do Mundo de 2014.

“Desta sala de controle temos a experiência de controlar as operações de segurança pública do estado, e aqui já foi controlada a operação para a Copa e para as Olimpíadas de 2016. Com as agências, facilitamos a prevenção e a pronta resposta em caso de qualquer anormalidade no período de chuvas”, frisou o coronel Marcos, comandante do centro.

O superintendente do DAEE, Ricardo Daruiz Borsari, disse que a primeira ação do órgão é na linha da previsão.

“Operamos no radar meteorológico, na barragem de Ponte Nova. São mais de 200 estações telemedidas online, de cinco em cinco minutos, sobre a chuva e o nível dos principais drenos nos córregos e rios da capital, nível de água em todos os reservatórios de retenção”, e isso permite uma atuação integrada imediata. Os dados estarão disponíveis em todos os agentes envolvidos na operação, acrescentou.

Combate às Enchentes

O coordenador do Programa de Combate às Enchentes e futuro secretário adjunto das prefeituras regionais, Fábio Lepique, disse que haverá diferentes ações planejadas de prevenção no tratamento do lixo, por exemplo.

Segundo ele, haverá coleta excepcional dos resíduos sólidos domiciliares e as empresas de coleta vão estruturar horários mais adequados, de acordo com as chuvas. Quando necessário, as varrições e coletas serão antecipadas, além de a administração pública intensificar a limpeza de bocas de lobo e bueiros.

As principais preocupações do paulistano no período de chuvas são as quedas de árvores e a interrupção dos semáforos. Sobre isso, Doria promete a troca de semáforos. “Faremos um esforço junto à Eletropaulo para melhorar a energização dos semáforos e também a troca por outros mais modernos, blindados, que evitem situação que, lamentavelmente, se tornou tradição na cidade: uma quantidade enorme de semáforos que não funcionam durante a chuva”.

Quanto às quedas de árvores, o próximo secretário de Segurança Urbana, coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, disse que haverá um estudo aprofundado. “Vamos mapear todas as árvores em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente para poder [adotar] ações. A partir de 1º de janeiro, teremos um trabalho focado, trazendo especialistas para que possamos entender o problema, e a partir daí demandar soluções”.

Uma ação que gerou resultado na cidade foi a implantação de sensores eletrônicos nas bocas de lobo e bueiros. É um sistema inteligente de monitoramento que identifica resíduos antes de eles bloquearem completamente a entrada de água.

O futuro prefeito afirma que vai continuar o trabalho, instalado em 110 bueiros e bocas de lobo em regiões com histórico de alagamentos frequentes durante as chuvas. “Essa é uma tecnologia moderna e muito funcional, pois demonstra, rápida e eficientemente, as bocas de lobo que exigem limpeza imediata. Nós vamos prosseguir com esse programa”, garantiu.

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