Jovens chamados pelo Papa Francisco para reconstruir Igreja - Hoje São Paulo
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27/07/2013 - 23h32m

Jovens chamados pelo Papa Francisco para reconstruir Igreja

Agência Brasil/Vinicius Lisboa 
Agência Brasil/Fernando Frazão
Papa pediu aos jovens para serem protagonistas na reconstrução da Igreja
Papa pediu aos jovens para serem protagonistas na reconstrução da Igreja

Rio de Janeiro – A pregação do papa Francisco na Vigilia de Oração, em Copacabana, teve como ponto central a convocação aos jovens para que assumam o papel de “protagonistas” no processo de reconstrução da Igreja e na luta por um mundo melhor e mais fraterno. “Vocês são os construtores de um mundo melhor”, disse Francisco aos milhares de jovens de vários países que se aglomeram desde cedo na Praia de Copacabana.

O pontífice destacou que tem acompanhado as notícias, em todo o mundo, de jovens que saem às ruas para pedir uma sociedade mais fraterna e mais justa. “Vocês são os jovens que têm nas mãos a tarefa de serem os protagonistas da mudança. Não permitam que outras pessoas assumam essa tarefa”, pregou Francisco aos jovens.

O papa pediu aos jovens que perguntassem para si próprios “por onde começar” esse processo de mudança. Francisco conclamou aos presentes que não se esqueçam que “são o campo de fé, os atletas de Cristo, os construtores de uma Igreja cada vez melhor”.

Em um recado direto aos presentes na Praia da Copacabana, o papa destacou que “nunca esses rapazes estarão sozinhos”. Ele acrescentou, na sua pregação, que, em conjunto, [os jovens] fizeram como São Francisco de Assis fez, construíram a Igreja. “Nos tornamos protagonistas da história. Não fiquem para trás jovens, sempre no ataque, na linha de frente”, conclamou o pontífice.

No sermão, Francisco destacou, ainda, que São Pedro disse que as pessoas são como “pedras vivas” no processo de construção da Igreja. Ele acrescentou que Jesus pede que, cada um, ajude no processo de edificação da Igreja. “Ide e fazei discípulos em todas as nações. Quero me tornar um construtor da Casa de Cristo. Quero que pensem nisso”, pediu o papa.

Francisco usou o fechamento do Campus Fidei (Campo da Fé) para fazer uma comparação e dizer aos jovens que são eles o verdadeiro campo da fé, ideia que foi explorada em três dimensões: o campo como um lugar para semear, para treinar e para construir.

Ao falar de como semear, o papa pediu que os jovens não sejam cristãos pela metade, nem cristãos de fachada: "Sei que não querem ser cristãos de fachada, cristãos que levantam o nariz e nada fazem. Sei que querem ser cristãos autênticos".

Quando mencionou o campo como local de treinamento, Francisco comparou o cristão a um jogador de futebol e disse que há três formas de treinar: a oração, o sacramento e a ajuda ao próximo. "Jesus nos oferece uma coisa maior que uma copa do mundo, oferece uma vida fecunda, uma vida feliz. E não pede que paguemos entrada. A entrada é que entejamos em forma".

Foi na hora de falar da construção que o papa mencionou o protagonismo e os protestos, parte que encerrou lembrando Madre Teresa de Calcutá: "Uma vez perguntaram a Madre Teresa por onde deveriam começar a mudança na Igreja, e ela disse: Por mim e por você. Tinha garra essa mulher e sabia por onde começar. Comecemos por mim e por vocês. E se tenho que começar por mim, por onde começo? Cada um abra seu coração para que Jesus lhe diga", disse o papa, que concluiu: "vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor".

Apenas as primeiras palavras e as últimas frases do discurso foram pronunciadas em português, já que a opção do papa foi por falar em espanhol. Com muitos gestos e expressões faciais para passar sua mensagem, o pontífice pediu em alguns momentos que os jovens fechassem os olhos e, em outros, que repetissem suas palavras, que foram muito aplaudidas e comemoradas com o grito que já se tornou símbolo da JMJ: "Esta es la juventud del papa".

BISPOS DEVEM REFORÇAR EVANGELIZAÇÃO DOS JOVENS

Rio de Janeiro (Agência Brasil/Cristina Indio do Brasil) - O papa Francisco pediu hoje (27) aos bispos, sacerdotes e religiosos que participam da Santa Missa, na Catedral do Rio, que trabalhem para reforçar a fé e a evangelização dos jovens para a construção de um mundo mais fraterno. "Queremos anunciar o evangelho para os jovens ", disse o papa durante a homilia.

O pontífice pediu aos presentes que atendam ao chamado de Deus e cuidem dos mais pobres e marginalizados das periferias. "Devemos estar muito orgulhosos de nossa vocação que nos dá oportunidade de seguir o Cristo", destacou.

Na pregação, ele lembrou Madre Teresa de Calcutá. Ele chamou a atenção ainda para um recado da madre de que é preciso buscar os mais pobres. "Devemos ir a eles com alegria", disse.

O santo padre voltou a se referir à necessidade de os seguidores da Igreja levar a mensagem de Cristo para as ruas. “Não podemos ficar enclausurados na paróquia, nas nossas comunidades, quando há tanta gente esperando o Evangelho. Não se trata simplesmente de abrir a porta para acolher, mas de sair pela porta fora para procurar e encontrar."

O papa destacou a necessidade de promover a cultura do encontro e criticou o que chamou de "cultura do descartável". “Temos de ser servidores da comunhão e da cultura do encontro. Permitam-me dizer: deveríamos ser quase obsessivos neste aspecto", disse. “Não há lugar para o idoso, nem para o filho indesejado; não há tempo para se deter com o pobre caído à margem da estrada. Às vezes parece que, para alguns, as relações humanas sejam regidas por dois “dogmas” modernos: eficiência e pragmatismo”, Completou.

METRÔ LIBERA CATRACAS PARA FACILITAR EMBARQUE

Rio de Janeiro (Agência Brasil/Vitor Abdala) – Para facilitar o embarque de passageiros nos trens, o Metrô do Rio decidiu liberar as catracas da Estação Cardeal Arcoverde. Neste momento, é grande a fila de pessoas na estação. Apesar da cerimônia da Vigília de Oração da Jornada Mundial da Juventude não ter ainda terminado, muita gente está deixando a Praia de Copacabana.

A peregrina do Paraná, Bárbara Karan, disse que enfrentou problemas todos os dias que veio para Copacabana. "Está muito tumultuado. As filas são muito grandes e os trens ficam muito cheios", disse.

Já o mineiro Adenilson Aparecido, declarou que a fila do metrô até que andou rápido, mas acredita que a cidade não está preparada para grandes eventos."A cidade não está preparada. Eles pensaram muito na Copa das Confederações e na Copa do Mundo e esqueceram de se preparar para a Jornada Mundial da Juventude, que dá muito mais gente", ressaltou.

De acordo com os organizadores, cerca de 3 milhões de pessoas estão em Copacabana participando da cerimônia com a presença do papa Francisco. Toda a orla do bairro está ocupada por peregrinos. Eles carregam saco de dormir e montam suas barracas. Apesar da proibição ao uso das barracas, eles não estão sendo incomodados pelas forças de segurança.

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