Julia Roberts será a malvada madrasta de Branca de Neve - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 19/04/2024
 
29/03/2012 - 22h04m

Julia Roberts será a malvada madrasta de Branca de Neve

AFP/Romain Raynaldy 
AFP/Arquivo/Frazer Harrison
A atriz americana Julia Roberts chega para a première de 'Espelho, Espelho Meu', no teatro chinês, em Hollywood, Califórnia, em 17 de março
A atriz americana Julia Roberts chega para a première de 'Espelho, Espelho Meu', no teatro chinês, em Hollywood, Califórnia, em 17 de março

LOS ANGELES (AFP) - A atriz americana Julia Roberts, que tem se mantido afastada das câmeras para se dedicar aos três filhos, descobriu "o prazer de ser malvada" ao interpretar a cruel madrasta da Branca de Neve, em uma nova adaptação do clássico dos irmãos Grimm.

"Espelho, Espelho Meu" ("Mirror Mirror", no original) estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos e entre esta semana e a próxima na América Latina, sob a direção do indiano Tarsem Singh, autor também do recente "Imortais".

O conto dos irmãos Grimm está na moda nos Estados Unidos. Em junho estreia "Snow White and the Huntsman" (Branca de Neve e o Caçador, numa tradução literal), com Charlize Theron no papel da malvada rainha e a estrela da série "Crepúsculo", Kristen Stewart, como a Branca de Neve.

E o balé "Branca de Neve", do francês Angelin Preljocaj, faz uma turnê em abril e maio pela América do Norte.

Julia Roberts, que aos 44 anos continua sendo a queridinha dos americanos, emprestou seu famoso sorriso a vários contos de fada modernos - como "Uma Linda Mulher" (1990) e "Erin Brockovich - Uma mulher de talento" (2000) -, mas até a pouco tempo não se sentia particularmente atraída por um conto "clássico".

"Quando me disseram ao telefone: "Estamos preparando uma adaptação da Branca de Neve", realmente não me chamou a atenção", disse a atriz à imprensa na apresentação do filme em Santa Mônica, balneário a oeste de Los Angeles.

"Até que Tarsem me seduziu, à sua forma, maliciosa, e vi o roteiro e percebi que realmente havia algo interessante ali", ironizou.

Embora o filme retome a trama universalmente popularizada pelo desenho animado de Walt Disney, se permite utilizar um tom diferente, ora decididamente cômico, ora absurdo, criando um mundo visual mais próximo de "Alice no País das Maravilhas" do que dos irmãos Grimm.

Para Roberts, o problema do filme não é se distanciar o máximo possível da versão da Disney, "mas mudar de tom, criar outra relação" entre a Branca de Neve (interpretada pela jovem britânica Lily Collins) e sua madrasta. "A mim parece que o público gosta das variações", acrescentou.

A atriz disse ter se divertido com o papel da madrasta cruel. "Foi um prazer interpretar esta vilã porque nenhuma norma verdadeira se aplica realmente a ela", observou.

"Podia fazer qualquer coisa e me soltar em qualquer direção, a qualquer momento, se para mim fizesse sentido. Neste aspecto foi muito divertido", disse.

O vento da modernidade sopra também sobre o personagem de Branca de Neve, disse Lily Collins. "É uma jovem atual, que pode salvar o príncipe tão facilmente quanto o príncipe a salva", afirmou.

"Ela vira uma lutadora, física e emocionalmente, que passa da princesa jovem e inocente que todo o mundo conhece à mulher que encontra em si própria a força para lutar pelo que acredita", explicou a atriz de 23 anos.

Embora "Espelho, Espelho Meu" seja um filme família - enquanto "Snow White and the Huntsman" é muito mais obscuro - Roberts disse não ter intenção de levar os gêmeos Hazel e Phinnaeus (7 anos) nem Henry (4 anos) a assisti-lo, porque em sua casa não se vê televisão.

"Em casa temos uma norma bastante rígida com relação à televisão. Preferimos os livros", disse. "Quero dizer, estes pequenos momentos antes de ir para a cama, preferimos passá-los falando, comentando o nosso dia e lendo livros".

Hoje São Paulo

© 2024 - Hoje São Paulo - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por ConsulteWare e Rogério Carneiro