Leilão A-5 supera o recorde de capacidade instalada de geração de energia no país - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 20/04/2024
 
20/10/2015 - 17h27m

Leilão A-5 supera o recorde de capacidade instalada de geração de energia no país

Agência Brasil/Isabela Vieira  

Rio de Janeiro - O leilão de energia elétrica A-5 superou o recorde de capacidade instalada de geração de energia no país, atraindo 47,6 mil megawatts (MW) em novos investimentos. A informação foi dada nesta terça-feira (20) pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim. O pregão, que contratará energia para 2021, está previsto para fevereiro de 2016.

“É o maior leilão do mundo [em termos de interessados em participar], quase 50 mil MW”, afirmou Tolmasquim. “Ter investidor que gasta dinheiro fazendo projetos, é porque ele acha que vale a pena construir, o setor traz tranquilidade para o investidor.” Segundo Tolmasquim, foram cadastrados 1.055 projetos de geração de energia no leilão, com capacidade equivalente a três usinas hidrelétricas de Itaipu. Os destaques estão na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde as características favorecem a geração das eólicas. O Rio de Janeiro, com gás natural, aparece em terceiro lugar e é tido como “uma surpresa.”

Foram aprovados para o leilão 864 projetos de geração de energia eólica, de um total de 1.055 projetos apresentados à EPE. Juntos, eles são capazes de gerar 21322 megawatts (MW). Só da Bahia foram incluídos 292 projetos. Outros 232 estão previstos para o Rio Grande do Norte.

Consideradas mais poluentes, sete usinas térmicas a carvão e 36 a gás natural estão no leilão. Sete das térmicas ficam no Rio de Janeiro. Há ainda seis hidrelétricas. Pequenas centrais hidrelétricas também vão entrar no leilão, oferecendo 1019 MW, são 78 projetos.

Segundo Tolmasquim, apesar de aparecerem poucas hidrelétricas no A-5, a previsão do governo é realizar o leilão da Usina de São Luiz do Tapajós, no Pará, com capacidade de cerca de 8 mil MW, também em 2016. O aval, no entanto, depende de licenças ambientais e de autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai), pois o projeto prevê o alagamento de áreas de parque naturais.

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